As candidatas à prefeitura de São Paulo Marina Helena (Novo) e Tabata Amaral (PSB) voltaram a se atacar após o debate promovido pela revista Veja nesta segunda-feira, 19. Marina afirmou ter ficado por decepcionada por Tabata ter colocado em xeque seu conhecimento sobre periferia, enquanto Tabata afirmou que a ex-secretária de Paulo Guedes “mente há semanas”.

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Durante o debate, Tabata citou que Marina é filha de ex-ministro e ironizou as declarações da candidata de que trabalha desde os sete anos. A candidata do Novo é filha de Sérgio Cutolo dos Santos, ministro da Previdência no governo de Itamar Franco.

Em coletiva de imprensa, Marina disse ter ficado ofendida e contou que morou com a mãe até os 13 anos na periferia de São Luiz, capital do Maranhão, rebatendo as declarações de que sua história não seria real.

“Me decepcionei muito com a postura da candidata Tabata, que fez questão de falar da minha história e de fazer ataques pessoais”, disse.

“Ela quis dizer que minha história não é real, disse que eu não sabia o que era periferia, eu sei muito bem o que é periferia. Meus pais são separados, eu morei até os 13 anos em São Luiz, primeiro em uma periferia e depois em uma praia de pescadores”, concluiu.

Ao ser questionada, Tabata Amaral disse ser fácil ficar ‘atrás de um escudo’ e citou falas de Marina Helena que supostamente menosprezam os cobradores de ônibus. A deputada ainda afirmou que Marina teria postado informações falsas nas redes sociais.

“Me senti atacada por ela quando ela fala mal dos cobradores dessa cidade. E acho que ela está há semanas mentindo compulsivamente sem nenhuma contestação. Mente sobre minhas posições, mente sobre a história dela, sobre as votações. Fico tranquila, sei que eleitor tem instrumentos para pesquisar e saber quem está falando a verdade”.

O debate desta segunda-feira não contou com a participação dos candidatos Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL) e José Luiz Datena (PSDB). Os dois primeiros chegaram a confirmar presença, mas recuaram horas antes do evento por conflito de agendas. Eles ainda afirmam que os debates estão com “nível baixo”, em referência aos ataques aos demais candidatos.