Mariana Becker, da Band, relembrou histórias de machismo na carreira em entrevista ao ‘Uol’. A repórter de Fórmula 1 citou uma história de desrespeito onde precisou se esquivar de uma situação de assédio.

– Aconteceu de eu entrevistar um cara de certo poder e ele ter uma postura desrespeitosa comigo. Era uma época que você tinha que fingir que aquilo não estava acontecendo. Aconteceu comigo de a pessoa botar a mão e eu cortar. No resto, você fingia que não entendia a ameaça, a cantada, para poder continuar fazendo o que estava a fim – afirmou.

Com relação de afeto com o pai médico, que morreu recentemente, Mari disse como precisou conviver com o machismo fora de casa.

– O mundo vai apresentando para a gente. Eu sabia que existia (o machismo), mas nunca tinha tocado em mim. Quando as coisas aconteciam comigo, achava que era pessoal entre mim e aquele cara, seja colega, amigo, namorado. Depois fui entendendo que era uma coisa muito maior, que tinha profundidade e força maior; o quanto que aquilo pode limitar o que você quer fazer, e por essa questão, eu fiquei muito chocada quando começou – afirmou.

Mari Becker deixou a Globo em 2021 depois de 27 anos na emissora, onde estreou em 1994. A jornalista fechou com a Band que à época também tinha tirado a Fórmula 1 da emissora do Rio. Mari é reconhecida como a principal repórter da categoria no Brasil e tem a admiração de dirigentes da F1, de Lewis Hamilton e do público brasileiro.