A bossa nova comemora os 60 anos em 2018. Mais que um gênero, trata-se de uma batida e um jeito de tocar que inspira os músicos até hoje. Marcos Valle foi um deles. Com 74 anos, 57 de carreira. 24 álbuns e um punhado de clássicos do cancioneiro popular, ele fez parte da segunda geração, atual MPB. Poderia seguir tocando sua velha playlist. Mas, enquanto o gênero se tornou clássico e datado, Valle se dedica a inovar e levar a bossa adiante, alinhando-a ao pop. O resultado é uma segunda carreira de antigos sucessos reeditados para o ambiente eletrônico.

“O segredo foi juntar meus lados bossa-novista e pop”, diz. Com a agenda cheia, inicia em São Paulo uma série de shows pelo Brasil com a Orquestra Atlântica. “São versões orquestrais inéditas de minhas músicas“, afirma. Em março, lança o disco “Dori Caymmi, Edu Lobo e Marcos Valle” para celebrar a estreia do trio. Projetos não param, como um álbum eletrônico com músicas inéditas e uma turnê com Carlos Lyra, Roberto Menescal e João Donato. “Quero extrair da minha cabeça toda a música que ainda tenho”, diz. Parece que a fonte não se esgota. SESC 24 de Maio (SP), 3/3, às 21h, e 4/3 às 18h.

 


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