Por causa das seguidas ausências na defesa do Palmeiras, ora por suspensão, ora por lesão, o lateral-direito Marcos Rocha se tornou um terceiro defensor e rapidamente caiu nas graças da torcida. Depois de entrar na vaga de Gustavo Gómez duas vezes, ele agora pode substituir Luan, machucado, diante do Fortaleza, no dia 26, no Castelão, na 35ª rodada do Brasileirão. Sempre à disposição de Abel Ferreira, o experiente jogador celebra a rápida adaptação na nova função.

“É a experiência, né? No decorrer da carreira, você observa companheiros, adversários e jogadores com quem mais se identifica na questão técnica e vai absorvendo. Eu consegui me adaptar bem ao que o Abel vem pedindo para exercer na saída de bola, fazendo ali uma função de quase um terceiro zagueiro. Faço com o maior gosto e o maior respeito”, disse Rocha, de 34 anos.

Como Mayke ganhou a concorrência pela vaga na direita, Abel Ferreira apostou em Marcos Rocha como zagueiro no momento de necessidade e acabou achando uma eficaz solução para os problemas. Como Luan está com uma lesão na coxa sofrida na primeira etapa diante do Internacional e deve demorar um pouco para voltar, o lateral deve se manter na equipe.

“Eu sempre tento fazer o meu melhor para que os meus companheiros possam ter confiança para desempenhar o papel deles, não é só entrar em campo e fazer por fazer. Fico feliz em poder ajudar e o Abel sempre nos deixou preparados em relação a essas funções novas”, enfatizou. “Acredito também que o tempo com o mesmo treinador é importante e nos deixa muito mais confiantes para exercer todas essas variações táticas.”

Mesmo com importantes ausências por causa da Data Fifa, Abel Ferreira vem trabalhando bastante a parte tática do Palmeiras sob o lema de buscar 12 pontos nas “quatro finais” que o time terá no Brasileirão. Mesmo com dois pontos na frente do Botafogo, a equipe sabe que não pode tropeçar pois o rival ainda tem um jogo a menos.

A parada no calendário vem sendo boa na visão de Marcos Rocha. “Vir à Academia de Futebol e fazer um trabalho diferenciado, como foi hoje, com ênfase total em finalizações e bolas paradas, é importante. Mesmo sem sete ou oito jogadores que estão fora, a gente consegue manter um padrão de qualidade nos treinamentos e espero que isso surta efeito mais para frente. São quatro decisões, quatro jogos difíceis e temos de nos preparar física e mentalmente para que tudo ocorra a nosso favor.”