O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, qualificou, nesta quarta-feira (8), de “provocação e falta de respeito” uma marcha pró-palestina prevista para o sábado, dia da comemoração do armistício da Primeira Guerra Mundial, que a Polícia se negou a proibir, apesar das pressões.

Apesar dos pedidos das autoridades para cancelar a manifestação, os organizadores mantiveram a convocação da marcha, na qual se espera a participação de milhares de pessoas, para exigir um cessar-fogo na Faixa de Gaza, bombardeada pelo exército israelense desde o ataque lançado pelo grupo islamista palestino Hamas, em 7 de outubro.

Rishi Sunak convocou o chefe da Polícia Metropolitana, Mark Rowley, alertando que o responsabilizaria em caso de qualquer excesso.

Após o encontro, o premiê informou, por meio de nota, que “a polícia confirmou que a marcha ocorrerá longe do Cenotáfio (monumento ao soldado desconhecido) e vai se assegurar de que os horários não entrem em conflito com algum ato comemorativo”.

Na tarde de terça-feira, o chefe da polícia tinha dito que a marcha não poderia ser cancelada neste momento porque “as informações sobre possíveis distúrbios graves neste fim de semana não alcançam o limite necessário para pedir uma proibição”.

Enquanto isso, “faremos tudo o possível para que (os eventos previstos para este fim de semana) transcorram sem perturbações”, insistiu Mark Rowley nesta quarta-feira em mensagem no X (antigo Twitter).

A ministra da Cultura, Lucy Frazer, considerou que Rowley deve continuar “examinando” as condições desta marcha.

A Polícia fez dezenas de detenções nas manifestações pró-palestinas anteriores, que desde 7 de outubro reuniram milhares de pessoas, em geral pacificamente, na capital inglesa.

A ministra do Interior britânica, Suella Braverman, qualificou estas manifestações de “marchas do ódio”.

O conflito entre Israel e Hamas provocou um forte aumento de atos antissemitas e islamofóbicos no Reino Unido.

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