Eleito para o cargo de presidente do Santos para o próximo triênio com 53% das urnas (4.762 votos), Marcelo Teixeira fez um discurso direto onde abordou dois assuntos importantes: a necessidade urgente de formar um time forte já para a disputa do Campeonato Paulista e utilizar o Pacaembu como casa santista a partir de 2024, a fim de iniciar as obras no estádio da Vila Belmiro.

O novo mandatário deu sinal verde para a construtora WTorre iniciar os trabalhos independentemente de o clube ter sido rebaixado à Série B e a prioridade agora é que o projeto saia do papel para começar a ser executado o mais rápido possível.

“Conversamos esta semana com o CEO da WTorre. Queremos dar entrada na prefeitura. A Arena será a nossa prioridade. Nós vamos tirar a Vila Belmiro dos jogos. Temos a carta de intenção do Pacaembu, assim como também outras arenas espalhadas pelo Brasil”, afirmou Marcelo Teixeira.

Em sua primeira entrevista coletiva, Marcelo Teixeira falou da necessidade de iniciar logo uma reformulação no elenco. Ter uma equipe competitiva já no Campeonato Paulista é uma das metas prioritárias.

“Há um curto espaço de tempo visando o início do Campeonato Paulista. Precisamos fazer o trabalho de forma planejada, ir ao mercado logo para definir as contratações, dispensas, substituições para que tenhamos uma equipe forte.”

E a preocupação do dirigente é baseada no histórico recente do clube no Estadual. O Santos vem de participações ruins e sequer chegou a uma decisão de título nos últimos anos. A nova diretoria espera mudar esse enredo recolocando o clube novamente na rota das conquistas no cenário paulista.

Em meio à euforia pela vitória nas urnas, Teixeira falou da parte administrativa. Ele espera uma transição tranquila com Andrés Rueda e adiantou que os problemas financeiros vão ser mais um obstáculo que vai precisar ser superado.

Sem dinheiro em caixa para fazer o pagamento referente ao mês de dezembro aos funcionários, Teixeira não quis adiantar o que deve ser feito em seu início de gestão. Antes, ele quer estudar a fundo a saúde financeira do Santos.

“Vamos apurar todos os fatos, ter conhecimento dos números, dos contratos, das validades dos documentos para que, aí sim, tenhamos a oportunidade de adotar as medidas. Antes disso não podemos tomar nenhum tipo de decisão que se reverta em benefício já para o Campeonato Paulista e o Brasileiro da Série B.”

Clube acostumado a revelar grandes jogadores para o cenário internacional, o novo presidente comentou sobre o que deve ser feito em relação às categorias de base do Santos.

“Vamos fazer um choque de gestão. Vai acontecer uma reestruturação. Adotaremos medidas emergenciais em todos os setores e departamentos para o Santos rapidamente alcançar seus resultados práticos. Vamos priorizar e acompanhar a Copa São Paulo”, disse.