Por trás das falas do presidente Jair Bolsonaro sobre a realização das eleições em 2022 está uma ameaça ao Legislativo, e isso exige reação. A avaliação é do vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM). “Não ter eleição em 2022 significa fechar o Congresso em 1º de fevereiro de 2023, quando acabam nossos mandatos”, disse Ramos ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. “Por trás da fala do presidente há uma ameaça de fechamento do Congresso, e isso exige reação do Parlamento”, acrescentou.

No início da noite desta sexta-feira, 9,, por meio de sua conta no Twitter, Ramos disse que a realização das eleições não é uma prerrogativa de Bolsonaro e que está garantida pela Constituição Federal. “Não é o presidente da República que decide ou escolhe se tem eleição ou não tem eleição. Quem decide se tem e quando tem eleição é a Constituição Federal” afirmou.

Ramos cobrou ainda uma reação dos Poderes Legislativo e Judiciário, e também das Forças Armadas, em relação ao tom das declarações de Bolsonaro, que tem dito que não aceitará o resultado das eleições sem que haja voto impresso.

“Quando o presidente da República afronta esta Constituição Federal, colocando em xeque a realização das eleições, não é dado ao Poder Legislativo, ao Poder Judiciário e às Forças Armadas escolher de que lado ficar. Eles têm o dever de ficar ao lado da Constituição que juraram respeitar e defender”, afirmou o deputado.


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