Marcelo Moreno quase saiu como herói da Arena do Jacaré. O atacante teve um gol anulado no último minuto do duelo, realizado na noite desta quinta-feira, pela 24ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Invés de comemorar, disparou contra a arbitragem, que teve atuação polêmica no empate por 1 a 1 com o Operário. O time celeste reclamou muito do pênalti marcado a favor do rival, mas principalmente da decisão de anular o segundo gol.

“É uma alegria que dura pouco. A gente não pode sofrer isso aqui, dentro da nossa casa. Mandar qualquer juiz desse para apitar o jogo, Cruzeiro querendo subir. Todo mundo se doando, e ele faz uma coisa dessa. Isso não existe. A CBF tem que olhar isso. A gente dá a alma, depois sai e é cobrado”, disse Marcelo Moreno.

O boliviano ainda citou o caso do atacante Diego Tardelli, que teve o carro depredado por torcedores do Santos em uma tentativa de pressionar o atleta após a eliminação do clube na Copa do Brasil. Marcelo Moreno deixou claro que o time está com os nervos à flor da pele com por causa da obrigação de levar o Cruzeiro de volta para a elite do futebol nacional.

“Aconteceu com o Tardelli em São Paulo. Não pode sair na rua, nossa família está em risco por causa dele. Ele sai escoltado por que? A gente é bandido? A gente fez um grande jogo, mas assim é impossível ganhar. Deu um pênalti contra, anulou um gol que ia nos ajudar na classificação. Como a gente faz agora?”, desabafou o atacante do Cruzeiro.

Vanderlei Luxemburgo foi outro que deixou o campo revoltado com a atuação de Rodrigo Dalonso Ferreira. O professor, expulso na confusão que culminou com a anulação do gol de Marcelo Moreno, deixou o campo chamando o árbitro de mal-intencionado.

O empate frustra os planos de Vanderlei Luxemburgo e deixa o Cruzeiro cada vez mais longe do acesso. O time celeste é o 12º colocado, com 30 pontos, longe do G-4.