O candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) teve alta médica na manhã desta segunda-feira, 15, após ser atingido na noite com uma cadeira por José Luiz Datena (PSDB), durante debate da TV Cultura. Segundo o boletim médico do Hospital Sírio-Libanês de São Paulo, Marçal sofreu traumatismo na região do tórax à direita e no punho direito.

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O boletim assinado por Luiz Francisco Cardoso, diretor de Governança Clínica e Marina Sahade, vice-diretora Clínica, afirma que as lesões “não tem maiores complicações associadas”.

Em nota, a assessoria de Pablo Marçal afirmou que o candidato está a caminho do 15º DP para fazer a representação contra o candidato José Luiz Datena.

Datena partiu em direção a Marçal e o atingiu com uma cadeira no início do quarto bloco do debate. A discussão foi iniciada após o ex-coach acusar o apresentador de assédio sexual, em referência a um processo aberto e arquivado em 2019. Na sequência, Marçal provocou o tucano.

“Você é um arregão. Atravessou o debate esses dias para me dar um tapa e falou que queria ter feito. Você não é homem para fazer isso”.

Em seguida, Datena pegou a cadeira que era utilizada pela candidata Marina Helena (NOVO) e atingiu marçal.

Datena não se arrepende

Em uma nota divulgada à imprensa na manhã desta segunda-feira, 16, Datena reconheceu que errou, mas alegou que nas mesmas circunstâncias, “não deixaria de repetir o gesto”.

Em outro trecho da nota, o apresentador diz que espera “ter lavado a alma de milhões de pessoas que não aguentavam mais ver a cidade tratada com tanto desprezo e desamor por alguém que se propõe a governá-la, mas que quer mesmo é saqueá-la, de braços dados com o crime organizado”.

Leia a íntegra do comunicado

Não defendo o uso da violência para resolver um conflito. Essa é a regra e sempre a respeitei nos meus 67 anos de vida. Até o dia de ontem.

Porque torna-se difícil obedecê-la quando os limites de civilidade são rompidos e corrompidos por um oponente. Infelizmente, foi o que aconteceu na noite deste domingo durante debate promovido pela TV Cultura.

Pablo Marçal demonstrou, em todas as situações a que teve oportunidade, sua falta de caráter. Demonstrou, ainda, que é uma ameaça à cidade de São Paulo. Será detido no voto.

Mas, a despeito disso, precisava também ser contido com atos. Foi o que eu fiz.

Eu sou um cara de verdade e, com um gesto extremo, porém humano, expressei minha real indignação por ter, de forma reiterada, sido agredido verbal e moralmente por um adversário que, como todos têm podido constatar, afronta a todos com desrespeito e ultraje, ao arrepio da ética e da civilidade.

As acusações que Marçal me fez diante de milhões de pessoas são graves. E absolutamente falsas.

Usando linguagem de marginais, algo que lhe é tão peculiar, feriu minha honra e maculou minha família, já machucada pela perda de um ente querido em decorrência do mesmo episódio agora novamente imputado a mim de forma vil pelo meu adversário.

Errei, mas de forma alguma me arrependo. Preferia, sinceramente, que o episódio não tivesse ocorrido. Mas, fossem as mesmas as circunstâncias, não deixaria de repetir o gesto, resposta extrema a um histórico de agressões perpetradas a mim e a muitos outros por meu adversário.

Espero, com minha atitude, ter mostrado, de uma vez por todas, o risco que a candidatura de Pablo Marçal representa para a integridade das pessoas, para a nossa democracia e para a sobrevivência de milhões de cidadãos que dependem da atuação da prefeitura de São Paulo para ter uma vida menos indigna.

Espero, também, ter lavado a alma de milhões de pessoas que não aguentavam mais ver a cidade tratada com tanto desprezo e desamor por alguém que se propõe a governá-la, mas que quer mesmo é saqueá-la, de braços dados com o crime organizado.

Continuarei a disputa pela prefeitura de São Paulo para realizar meu sonho de fazer de São Paulo uma cidade melhor, que ofereça uma vida digna aos que mais precisam. E também para defender a nossa democracia ameaçada por figuras como Pablo Marçal que querem o obscurantismo e não o bem da cidade e de sua população.