A campanha de Pablo Marçal (PRTB) pela prefeitura de São Paulo tem dois nomes que trabalharam com o ex-tucano João Doria quando ele disputou eleições e administrou a cidade e o estado.

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Filipe Sabará, coordenador do plano de governo do ex-coach, foi secretário de Assistência e Desenvolvimento Social da capital quando Doria era prefeito, e seguiu no cargo nos primeiros meses da administração de Bruno Covas (PSDB, morto em 2021). A pedido de Doria na condição de governador, ainda comandou o Fundo Social de São Paulo, órgão dedicado a atender pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Wilson Pedroso coordena a campanha de Marçal desde o início do mês, quando desfalcou a equipe do prefeito Ricardo Nunes (MDB) para assumir o posto. Com uma longa trajetória de promoção política dos tucanos, “Wilsinho” coordenou as campanhas vitoriosas de Doria e Bruno Covas para a prefeitura (em 2016 e 2020) e a do governador Rodrigo Garcia (então no PSDB) em sua fracassada tentativa de se reeleger, em 2022.

Associação questionada por adversários

No debate desta segunda-feira, 19, realizado pela revista Veja, a deputada Tabata Amaral (PSB) citou Sabará e Pedroso e os associou à decisão de Jair Bolsonaro (PL) de não apoiar Marçal nas eleições de outubro (o ex-presidente apoia a reeleição de Nunes), questionando se o empresário seria um “Doria 2.0”.

Nas redes sociais, essa comparação é feita por apoiadores bolsonaristas que se opõem à candidatura do ex-coach — Doria é um inimigo político do bolsonarismo, enquanto Marçal tenta conquistar essa fatia do eleitorado paulistano. O candidato do PRTB respondeu que Doria é de esquerda e “defende as mesmas coisas” que a autora da pergunta.