O ex-coach Pablo Marçal (PRTB), candidato derrotado à Prefeitura de São Paulo, não descartou apoiar Ricardo Nunes (MDB) contra Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno. A declaração foi dada aos jornalistas na noite deste domingo, 6, horas após o resultado que decretou sua derrota.

Marçal afirmou que não “apoiará o comunismo” e disse que oficializaria um apoio a Nunes se o candidato à reeleição incluir alguns de seus projetos no plano de governo. O ex-coach pontuou o embate entre eles e disse que o emedebista foi injusto com ele.

“Vai depender do que ele falar sobre as propostas. Ele pegou muito pesado com a minha pessoa, foi muito injusto comigo. Eu entendo que é coisa de marqueteiro, eu não sou homem de carregar raiva, mágoa, fui para o tudo ou nada com todos eles pela proporcionalidade que eles fizeram comigo”, afirmou.

“Ele sabe que eu não quero fazer parte do governo dele. Então, colocar empreendedorismo nas escolas, porque o empreendedorismo liberta, é fazer as escolas de São Paulo se transformarem em escolas olímpicas… Se ele considerar isso, a gente pode conversar numa boa”, concluiu.

O próprio Nunes deu a entender que aceitaria o apoio de Marçal no segundo turno. Ao ser questionado sobre as ações do candidato do PRTB, o prefeito disse esperar que ele tenha “aprendido”.

Em entrevista coletiva aos jornalistas presentes, Marçal negou a possibilidade de concorrer à Prefeitura de São Paulo novamente e disse que atuará na política pelos próximos 12 anos. Para 2026, o ex-coach abriu a possibilidade de se candidatar ao governo de qualquer estado ou à presidência da República.

Ele também negou a falsificação do laudo sobre Boulos, citou a agressão sofrida por José Luiz Datena (PSDB) e pediu perdão pelas polêmicas no primeiro turno.

Marçal afirmou que focará seus esforços para a campanha de prefeitos de outras capitais. Entre elas, Goiânia – sua terra natal – e Curitiba deve ser os maiores investimentos do ex-coach.