Candidato à prefeitura de São Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal reconheceu ter sido preso em 2010 sob acusação de envolvimento em quadrilha que desviava dinheiro de contas de bancos como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. Segundo o ex-coach, foram quatro dias detido na Superintendência da Polícia Federal.
“Queria ser uma pessoa que nunca foi processada, um menino que nem peida. Mas não foi assim. Infelizmente, fui injustiçado. Muitas coisas na minha vida foi bobeira mesmo que eu fiz, todo mundo erra”, afirmou em entrevista ao canal Globonews.
Marçal foi condenado pela Justiça Federal de Goiás por furto qualificado, mas não chegou a cumprir pena. O processo prescreveu em 2018, após a defesa apresentar recursos.
Ligação com o PCC
Na mesma entrevista, Marçal foi questionado sobre as supostas ligações da legenda com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Embora tenha alegado constrangimento, o ex-coach disse que só está “usando o partido para ser eleito” e que pode deixar a sigla caso seja eleito.
“Isso é totalmente constrangedor, precisava de gente trabalhadora e honesta. Tem esse tipo de gente lá, o que posso fazer?”, disse.
“Não sou presidente do partido, não sou dono. Se dependesse de mim, é afastamento geral. Não mando no partido, sou uma pessoa que está usando o partido para sair candidato”, continuou Marçal.
O empresário ainda negou ser amigo de Leonardo Avalanche (PRTB-SP), principal acusado de ter proximidade com o PCC, segundo revelou uma reportagem do Folha de S. Paulo. Marçal disse que chegou a pedir que o dirigente se afaste do partido, mas alegou não ter sido ouvido.
“Eu gostaria que ele se afastasse, e ele falou que vai provar a inocência. Se o partido fosse meu, já estaria afastado até a apuração”.