O candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal disse em entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura, que as recorrentes discussões com jornalistas durante entrevistas são pensadas para que sejam produzidos cortes para publicação em redes sociais.

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“Estou sem fundão, sem padrinho político, sem tempo de TV. Vocês vão ter que aguentar os cortes”, afirmou em programa exibido na noite de segunda-feira, 2.

Durante o programa, o ex-coach interrompeu os jornalistas da bancada em diversas ocasiões, além de protagonizar embate ríspido do a jornalista Malu Gaspar, do O Globo, após profissional relembrou uma reportagem sobre supostos planos de Marçal de criar um partido com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Condenação

Questionado sobre a condenação de cinco anos e quatro meses em 2010 por furto qualificado, o entrevistado tergiversou em diversos momentos e afirmou que o crime prescreveu por não haver antecedentes criminais.

“Eu não tenho ‘nadinha’ para me curvar para bandido, eu não sou bandido. Os candidatos falam que eu roubava velhinhas, eu nem sei quem são essas pessoas. Eu fui prescrito porque não tinha nenhum crime antes disso. Eu estou em paz em relação a isso“, respondeu.

Marçal teve prisão preventiva decretada em 2010, quando tinha 18 anos, no âmbito de uma investigação sobre uma organização criminosa que invadia contas bancárias pela internet.

Apesar da condenação no TRF-1, Marçal não ficou preso. Por conta da demora na apreciação do caso, houve prescrição punitiva.