O ex-coach Pablo Marçal (PRTB), terceiro colocado na eleição pela prefeitura de São Paulo em 2024, foi denunciado pelo Ministério Público Eleitoral pelos supostos crimes de injúria e difamação contra o apresentador José Luiz Datena (PSDB), quinto mais votado no mesmo pleito.
Conforme a denúncia, Marçal cometeu os crimes em publicações feitas no Instagram, quando acusou Datena de ser “agressor de mulheres”, “assediador sexual” e “comedor de açúcar” — eufemismo usado pelo ex-coach para sugerir consumo de cocaína.
Nos conteúdos, o apresentador ainda foi acusado de “comprar o silêncio” de uma suposta vítima de assédio. A troca de ofensas entre os dois culminou em uma cadeirada dada por Datena no oponente durante um debate.
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A avaliação do promotor Cleber Masson é de que a difamação teve finalidade eleitoral, já que ambos concorriam ao mesmo cargo. Ele pede que o ex-coach seja condenado e pague um valor mínimo para reparação dos danos morais causados à suposta vítima. Procurado pela IstoÉ, Marçal não respondeu até a publicação desta notícia.
Após o desempenho surpreendente nas urnas em 2024, o ex-candidato do PRTB está inelegível pelos próximos oito anos em razão de ofensas contra adversários e da promoção de “campeonatos de cortes” para impulsionar sua candidatura.
Em 14 de abril, Marçal foi denunciado pelo Ministério Público Eleitoral por ter associado Tabata Amaral (PSB) à responsabilidade pelo suicídio do próprio pai, durante uma entrevista concedida à IstoÉ. O pai de Tabata era dependente químico e morreu quando ela tinha 18 anos.