O pré-candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) anunciou que o cargo de vice em sua chapa será de uma mulher. O anúncio aconteceu em meio a declarações polêmicas sobre a deputada Tabata Amaral (PSB).

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Em entrevista ao site IstoÉ, o coach afirmou que procura uma vice com “sensibilidade” e que tenha“cuidado com a cidade”. Embora afirme que há sete nomes no páreo, ele evitou cravar quem irá compor a chapa.

“Eu tenho sete vices.  Já estudei todos os cenários, são sete, e o vice vai ser revelado dia 5 de agosto. Possivelmente será uma mulher”, afirmou.

“Acho que precisa de uma figura feminina, com sensibilidade, que tenha um cuidado especial com a cidade. Vai ser muito bem-vindo o nome que este partido trouxer”, acrescentou Marçal.

Marçal ainda negou ter oferecido o cargo ao deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP), que também está cotado como pré-candidato ao Edifício Matarazzo. A informação vai na contramão da apuração da reportagem, que confirmou com fontes próximas aos dois o convite.

O anúncio de uma mulher na chapa acontece dias após as declarações polêmicas de Marçal sobre a candidatura de Tabata. Em publicação no Instagram no dia 25 deste mês, o empresário afirmou que ela não poderia ser candidata “por não ser casada”.

Ao site, Marçal negou ter minimizado as mulheres e explicou que o intuito era afirmar que Tabata é imatura politicamente. Segundo ele, a pré-candidata foi ‘vitimista’ ao receber a declaração.

“Eu disse que ela é imatura. Ela não tem nem 30 anos de idade, nunca abriu uma empresa, nunca pagou milhões de impostos igual eu já paguei. Ela que ficou doída, vitimizada. Imagine uma pessoa que quer ser prefeita e é vítima. Diferentemente da Marina [Helena], que está amamentando, que é uma mulher guerreira. É diferente de alguém que julga que vem de baixo, mas foi estudar em Harvard”, atacou.

Ele também comparou a própria história com a da parlamentar e citou o pai de Tabata, que morreu por histórico de alcoolismo.

“Ela criou a polêmica. Se quer ser prefeita, que ela cresça. Uma pessoa que passou por mais problemas é mais tarimbada para governar. Eu passei por mais problemas que ela. Eu também vim da periferia, eu também tive um pai que foi alcoólatra, mas a família ajudou e ele deixou o alcoolismo. Já sobre o pai dela, ela foi para Harvard, e o pai dela acabou morrendo. Governar e ser vítima na mesma pessoa não tem como”, completou.

Após repercussão desta entrevista, a deputada Tabata Amaral utilizou as redes sociais nesta quinta-feira, 4, para rebater as acusações de Marçal.