O presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), fará uma reunião com os líderes partidários às 18h para apresentar o cronograma da votação para eleição de presidente da Casa na quarta-feira, 13, e bater o martelo sobre os detalhes da sessão. Maranhão não deixou claro se poderá mudar de opinião sobre a data do pleito.

“Preciso dialogar com os líderes. Uma coisa é o que penso, outra coisa é o debate que farei com os líderes. Mas não vai ter surpresa”, respondeu. O pepista, que vem sendo criticado por sua atuação no comando da Câmara, não quis revelar em quem vai votar para a sucessão do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). “O voto é secreto”, afirmou.

Antes da reunião da Mesa Diretora, que começará em instantes, Maranhão se reuniu com o primeiro-secretário Beto Mansur (PRB-SP), outro candidato ao posto de presidente da Câmara. Mansur preparou um cronograma da eleição, prevendo início dos trabalhos às 16h e não às 19h, justamente para que o resultado não saia na madrugada.

O parlamentar sugeriu que cada candidato discurse por uma hora, seguindo a mesma sequência dos nomes sorteados que aparecerão na cédula eletrônica. Pela proposta, haverá uma hora de intervalo entre o resultado do primeiro turno e o início da votação do segundo turno com os dois candidatos mais votados.

Candidatura

Aos jornalistas, Mansur disse que não pretende retirar sua candidatura em favor do candidato do centrão, Rogério Rosso (PSD-DF). O primeiro-secretário disse que ele é o candidato mais velho da disputa e com mais mandatos (cinco ao total) entre os postulantes. “É uma discussão inócua”, afirmou o deputado, reiterando que não abrirá mão de concorrer ao mandato tampão.

Em almoço realizado mais cedo, líderes do centrão (PSD, PP, PR, PTB e outros partidos médios) decidiram que irão entrar em campo para tentar reduzir ao máximo o número de candidatos na disputa pela presidência. A previsão é que ao haja ao menos 12 postulantes, mas a ideia dos líderes do centrão é deixar o caminho aberto para Rosso, que conta com o apoio do governo e de Cunha.