Na terça-feira, 6, a influenciadora Viih Tube, de 24 anos, relatou nos stories no Instagram que contraiu o vírus conhecido como mão-pé-boca junto com os filhos, Lua, de 2 anos, e Ravi, de 5 meses, frutos de seu relacionamento com o ex-BBB Eliezer, 35.
Mesmo já em recuperação, ela admitiu ter se sentido abalada pelos efeitos da doença. “Gente, eu, a Lua e o Ravi pegamos um vírus chamado mão-pé-boca. Ontem e hoje estou acabada, me recuperando. Mas já estou me sentindo um pouco melhor”, anunciou por meio dos stories do Instagram.
Viih Tube teve que cancelar sua agenda do dia para poder ficar em repouso, conforme orientação médica. “Tive que desmarcar tudo do dia porque, senão, não vou me recuperar.”
A síndrome mão-pé-boca é conhecida pela presença de erupções nas três regiões que lhe dão nome. Sintomas como febre alta, vômitos, diarreia e perda de apetite também são comuns nos pacientes.
Mão-pé-boca
Essa infecção viral é muito comum na infância, sendo causada principalmente pelo Coxsackie A16, que pertence à família dos enterovírus. Nos últimos anos, o número de casos tem aumentado em diversas regiões do Brasil, gerando alerta entre pediatras e especialistas em saúde infantil. Segundo o Ministério da Saúde, surtos têm sido recorrentes em creches e escolas, devido à alta transmissibilidade do vírus entre crianças pequenas. Um boletim da Secretaria de Saúde de São Paulo indicou, em 2023, um crescimento de 17% nos atendimentos relacionados à infecção, com maior incidência em crianças de até 5 anos. A doença também pode acometer adultos, mas é menos frequente.
Altamente contagiosa, a doença provoca sintomas como febre, dor de garganta, aftas dolorosas na cavidade oral e erupções avermelhadas nas mãos, pés e região da boca, podendo surgir também em outras áreas do corpo, como, por exemplo, nas pernas e na região da fralda. Apesar de ser autolimitada, com duração média de 7 a 10 dias, a infecção pode comprometer significativamente o bem-estar da criança, dificultando a alimentação, o sono e até mesmo a interação social durante o período de recuperação.
A enfermeira e laserterapeuta Cintia Freitas, especialista em cuidados pediátricos, ressalta que, embora não exista um tratamento antiviral específico para a doença, terapias complementares têm se mostrado eficazes no alívio dos sintomas. “A laserterapia de baixa intensidade tem sido uma grande aliada no controle da dor, na cicatrização das lesões e na melhora do estado geral das crianças afetadas”, afirma.
“Com o auxílio do laser, a dor diminui mais rapidamente e a alimentação é facilitada, o que reduz o risco de desidratação e internações — que costumam ser um desafio nesses casos —, contribuindo para uma recuperação mais tranquila e segura”, explica Cintia à reportagem de IstoÉ Gente.
Um dos principais benefícios observados é a redução da necessidade do uso frequente de medicamentos como analgésicos, anti-inflamatórios e pomadas tópicas. “Em muitos casos, os pais se veem impotentes diante do sofrimento dos filhos. O laser surge como uma alternativa eficaz e não invasiva para tornar esse processo menos doloroso”, completa a especialista.
Ainda assim, Cintia reforça que a laserterapia deve ser utilizada como parte de um plano de cuidado multidisciplinar. “É essencial que a criança seja avaliada por um profissional de saúde. O laser não substitui o tratamento médico, mas pode potencializar os resultados e trazer mais conforto ao paciente”, orienta.
Além do tratamento dos sintomas, a prevenção da doença continua sendo a principal forma de contenção. A higienização constante das mãos, a desinfecção de brinquedos e superfícies de uso coletivo e o afastamento temporário de crianças infectadas de ambientes escolares são medidas fundamentais para evitar novos casos.
Diante da alta circulação de agentes infecciosos entre o público infantil, estratégias complementares como a laserterapia ganham relevância por aliarem segurança, eficácia e conforto. “Nosso objetivo é sempre minimizar o sofrimento da criança e promover uma recuperação rápida e segura. E, nesse contexto, a laserterapia tem se mostrado uma grande aliada”, conclui Cintia.
Já a dentista Giovanna Zanini Rodrigues afirma que a doença, bastante comum entre crianças pequenas, preocupa pais e especialistas principalmente pela facilidade com que se espalha. “A síndrome mão-pé-boca é uma doença viral contagiosa, geralmente causada por um enterovírus. É bem comum em crianças e se espalha muito rápido, principalmente nessa fase de volta às aulas”, explica a dentista Giovanna Zanini.
Segundo a profissional, basta uma criança infectada para o vírus circular entre os colegas. “É na brincadeira que tudo acontece. As crianças têm muito contato físico, estão na fase oral — tudo vai à boca —, abraçam os amiguinhos, dividem brinquedos… e, aí, uma criança infectada acaba contaminando as outras por conta desse convívio próximo na creche ou na escola.”
Os sintomas envolvem erupções características nas mãos, pés e, principalmente, na boca. “Na boca, ela costuma ser mais agressiva. A criança sente dificuldade para engolir, se alimentar e até para fazer a higiene bucal”, explica Giovanna.
O principal cuidado dos pais deve ser o isolamento da criança ao sinal dos primeiros sintomas. “Percebeu qualquer sinal? Não mande para a escola, nem para o convívio social. Procure um dentista para avaliar como estão as lesões na boca e verificar se há necessidade de laserterapia para aliviar o desconforto e ajudar na alimentação”, orienta a especialista da ZR Odonto & Face.
A dentista reforça que a hidratação é fundamental para evitar quadros mais graves. “É preciso observar a ingestão de líquidos e alimentos. Se notar sinais de desidratação ou recusa alimentar persistente, leve a criança ao médico para avaliar a necessidade de hidratação intravenosa.”
Giovanna também destaca que, como em toda doença viral, o tratamento é de suporte. “Não há muito o que fazer além de tratar os sintomas e esperar o ciclo viral acabar. É importante evitar que a criança coce as lesões e manter a higiene bucal rigorosa para não haver infecções secundárias, já que o tecido está aberto e vulnerável.”