O último debate entre os candidatos à prefeitura de Porto Alegre antes do 1º turnos deste ano foi marcado por ataques pessoais entre os concorrentes. Um dos principais alvos foi Manuela D’Ávila (PCdoB) que obteve dois direitos de respostas após comentários de Rodrigo Maroni (Pros), ex-noivo de Manuela.

Logo na primeira rodada do debate realizado pela Rádio Gaúcha ZH, Maroni usou o tempo para dialogar com Juliana Brizola (PDT) para atacar a candidata do PCdoB. Em sua fala, o candidato lembrou do debate realizado pela Band e reiterou que Manuela “dissimulava e mentia”.

Por conta do ataque pessoal, Manuela ganhou direito de resposta “A eleição não pode ser resolvida nem no tapetão, nem com mentira, nem com esses ataques rebaixados e orquestrado. O que será que temem? Temem uma mudança na cidade. Chega de mentira, ataque, é hora de baixar a cabeça e trabalhar pela cidade”, disse a candidata.

Ela ainda afirmou que Maroni deverá prestar depoimento em razão dos ataques que fez contra ela em outro debate.

Ainda durante o debate, a candidata do PSOL em Porto Alegre, Fernanda Melchionna, saiu em defesa de Manuela. “Maroni, o que tu está fazendo repetidamente com a Manuela D´Ávila ela é machismo. Não posso me calar. Nós queremos discutir propostas, nós queremos discutir nossas diferenças programáticas, não pessoais. Pelas mulheres, para com isso”, disse.

Em outra parte do evento, Maroni ignorou o questionamento feito por Nelson Marchezan (PSDB) e usou o tempo de resposta para atacar Manuela novamente. “Tu é patricinha mimada, poderia estar comprando bolsa no shopping. Se eu fosse abrir a boca, eu não acabaria com a carreira, mas com tua vida, Manuela”, disse o candidato. Ele afirmou ainda que não falaria tudo que sabe por conta da filha de Manuela.

Por conta dos novos ataques, a candidata do PCdoB ganhou novo direito de resposta. “Isso é violência política de gênero, é assim que nós mulheres definimos o que eu estou sendo submetida”, afirmou.