O debate entre manteiga e margarina voltou a movimentar as redes sociais — e, apesar da polêmica, a ciência ainda não oferece uma resposta definitiva sobre qual seria a melhor escolha. Isso porque a preferência entre um ou outro produto depende de uma série de fatores, como o perfil metabólico individual, objetivos de saúde, hábitos alimentares e até frequência de consumo.
A manteiga é um produto de origem animal, obtido a partir da pasteurização da nata do leite, com ou sem adição de sal. Por ser de fonte animal, contém colesterol e gorduras saturadas, o que historicamente a colocou como “vilã” em dietas cardiovasculares.
Já a margarina é uma emulsão à base de água, óleos vegetais e aditivos. Embora não contenha colesterol, ela já foi amplamente criticada por conter gorduras trans, associadas a um maior risco cardiovascular. Com a proibição desse tipo de gordura em diversos países, incluindo o Brasil, muitas margarinas passaram a utilizar gorduras interesterificadas — que ainda geram dúvidas na comunidade científica — ou gorduras monoinsaturadas, consideradas de perfil mais favorável à saúde.
A escolha, portanto, deve ser feita com base no contexto. Nenhum alimento isolado determina a qualidade da dieta. Avaliar a frequência de consumo, o tipo de preparo e a qualidade geral da alimentação é essencial para uma decisão mais consciente.
Além disso, o consumo de gorduras saturadas — presentes tanto na manteiga quanto em alguns tipos de margarina — deve ser moderado. A recomendação das diretrizes internacionais é que esse tipo de gordura não ultrapasse 6% do total calórico diário, o que equivale a cerca de 15 gramas por dia em uma dieta de 2 mil calorias.