O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, comentou nesta sexta-feira, 21, que a projeção da equipe econômica para a expansão do PIB em 2018 – que foi mantida em 1,60% – não é muito diferente da estimativa do mercado, mas admitiu a possibilidade de revisão até o fim do ano. “Já estamos caminhando para o fim do ano. Podemos fazer uma revisão na projeção do PIB ainda, mas a nossa estimativa é próxima da do mercado”, afirmou.

Sobre a redução da projeção de crescimento da massa salarial de 4,2% para 3,1%, Mansueto citou o ritmo ainda lento de recuperação do emprego formal no País. “Isso tem um efeito direto na queda da projeção da arrecadação previdenciária”, completou.

Arrecadação

Mansueto afirmou que, apesar da estimativa de alta do PIB ter diminuído desde o começo do ano, tem havido um comportamento expressivo de aumento na arrecadação.

“No ano passado, tivemos sucessivas frustrações de receitas, que levaram até mesmo a uma revisão da meta fiscal. Neste ano, ao contrário, as receitas têm crescido muito além do esperado. Essa é uma notícia muito boa, porque a despesa já estava no teto, então esse aumento de receita vai para uma melhora do resultado fiscal, ou seja, para um déficit primário menor”, comparou.

O secretário de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento, George Soares, explicou que, apesar do cancelamento de R$ 4,296 bilhões em despesas obrigatórias, nem todo esse valor pôde ser aumentado em despesas discricionárias porque parte desse gasto permaneceu sujeita ao teto de gasto. O governo anunciou nesta sexta-feira a liberação de R$ 4,124 bilhões do orçamento.

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Soares citou ainda o recálculo das receitas com dividendos, com redução de R$ 826,4 milhões na previsão para este ano, sobretudo em função de mudanças regulatórias que atingiram as estatais do setor financeiro.


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