Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, governa o Brasil como quem frequenta botequim decadente de beira de estrada. Ora se expressa como bêbado, ora se comporta como arruaceiro, ora, ainda, delinque deliberadamente. Trabalhar que é bom, nada. E trabalhar com qualidade, então, nem se fala. Até porque, quem nunca fez diferente em 30 anos não fará agora, certo? Cada um dá – no máximo! – o que tem. E o pai do senador das rachadinhas e da mansão de seis milhões de reais não tem nada melhor para oferecer.

O devoto da cloroquina não faz outra coisa, como presidente da República, senão errar. Erra até quando acerta, como no caso dos juros subsidiados para policiais militares. A uma, que o subsídio de um será sempre pago com o dinheiro do outro. A duas, que existe um troço chamado isonomia, ou seja, não há brasileiros com mais ou menos direitos e deveres que outros. A três, que todos querem e merecem juros menores, mas, como acabei de escrever, ‘todos’ significa… todos! Pouco importa a profissão ou escolha política de cada indivíduo ou categoria.

Na verdade, o que o amigão do Queiroz quer é ‘cumprimentar com o chapéu alheio’. Sua base de apoio eleitoral e, sim, golpista, se concentra nos militares das Forças Armadas e das polícias estaduais. Se e quando o maníaco do tratamento precoce tentar o sonhado golpe de Estado, precisará de criminosos armados, e aqui não falo dos amigos milicianos, não. Bolsonaro, assim, tenta comprar o apoio da categoria através de juros subsidiados para a compra de casa própria. É uma espécie de ‘Minha Casa, Minha Vida’ para sustentar o ‘Meu Golpe, Minha Vida’.

Mas uma coisa é certa: uma vez que o bolsokid Flávio, aquele que vendia como ninguém panetone de chocolate o ano inteiro, em dinheiro vivo, conseguiu um empréstimo com juros mais baixos que o linguajar do Clã Bolsonaro, para ajudar a pagar a mansão de seis milhões de reais, comprada em plena pandemia de coronavírus, é justo que todos nós consigamos a mesma ‘teta’ em banco oficial. Ou seja, o maridão da ‘Micheque’ está transformando a ‘carteirada’ do pimpolho em política pública. Só que tem de ser para todos, né, Bolso? Afinal, você é Mito. E acabou a mamata, porra!