No horário previsto para o início das manifestações pró Jair Bolsonaro neste Sete de Setembro da Avenida Paulista, às 10 horas, pouca gente se concentra na calçada em frente ao Masp. O vão livre, em si, está interditado com gradis. Quem passa em frente ao museu, portanto, e vê a aglomeração, tem a percepção equivocada de que há muito mais manifestantes do que a realidade. O verde e amarelo predominam. Há também cartazes pedindo intervenção militar e o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF).

A manhã fria e chuvosa oferece um ótimo ambiente de negócios para ambulantes – o produto mais cobiçado são as capas de chuva, vendidas com preço entre R$ 10 e R$ 15. Há também ambulantes vendendo bebida e comida. Também há muito policiamento na região. Muita gente veio de ônibus fretados, de cidades do interior do estado de São Paulo ou mesmo de outros estados. A reportagem conversou com o policial militar da reserva Paulo Sérgio de Araújo.

Manifestação Sete de Setembro Paulista
Fotos João Castellano

Ele veio de Santa Catarina em um comboio de quatro ônibus fretados. “Só quero garantir o direito à liberdade de expressão”, diz. Não há até agora nenhum trio elétrico em funcionamento, embora vários deles sigam estacionados ao longo da avenida. Mas a minoria que ocupa o vão livre do Masp é bastante barulhenta, com suas cornetas e gritos de guerra – pró Bolsonaro e contra o ex-presidente Lula.