No horário previsto para o início das manifestações pró Jair Bolsonaro neste Sete de Setembro da Avenida Paulista, às 10 horas, pouca gente se concentra na calçada em frente ao Masp. O vão livre, em si, está interditado com gradis. Quem passa em frente ao museu, portanto, e vê a aglomeração, tem a percepção equivocada de que há muito mais manifestantes do que a realidade. O verde e amarelo predominam. Há também cartazes pedindo intervenção militar e o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF).
A manhã fria e chuvosa oferece um ótimo ambiente de negócios para ambulantes – o produto mais cobiçado são as capas de chuva, vendidas com preço entre R$ 10 e R$ 15. Há também ambulantes vendendo bebida e comida. Também há muito policiamento na região. Muita gente veio de ônibus fretados, de cidades do interior do estado de São Paulo ou mesmo de outros estados. A reportagem conversou com o policial militar da reserva Paulo Sérgio de Araújo.

Ele veio de Santa Catarina em um comboio de quatro ônibus fretados. “Só quero garantir o direito à liberdade de expressão”, diz. Não há até agora nenhum trio elétrico em funcionamento, embora vários deles sigam estacionados ao longo da avenida. Mas a minoria que ocupa o vão livre do Masp é bastante barulhenta, com suas cornetas e gritos de guerra – pró Bolsonaro e contra o ex-presidente Lula.