Manifestações em apoio ao Jair Bolsonaro (PL) e contrárias às medidas do STF (Supremo Tribunal Federal) contra o ex-presidente são registradas em ao menos sete capitais brasileiras no início da tarde deste domingo, 3.
As capitais
São elas: Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Goiânia (GO), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP).
Na capital paraense, o ato conta com a presença da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL).
Uma das cotadas a representar o marido, que está inelegível, nas urnas em 2026, Michelle preside o PL Mulher e têm conquistado palanques em manifestações desse caráter, onde busca fortalecer o vínculo com o eleitorado evangélico ao puxar orações e evocar a defesa cristã do ex-presidente.
👉 Quem quer o Bolsonaro de volta comenta aqui! 🇧🇷#VoltaBolsonaro #ReageBrasil #DireitaUnida pic.twitter.com/4wQYVnbE16
— Delegado Éder Mauro 🇧🇷 (@EderMauroPA) August 3, 2025
Em Belo Horizonte, conforme reportou o jornal O Tempo, milhares de manifestantes pedem que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sofram impeachment.
O principal orador do ato é o deputado Nikolas Ferreira (PL), liderança mais popular da direita radical em Minas Gerais.
FORA LULA E MORAES – BH pic.twitter.com/TJHiwnq0gU
— Nikolas Ferreira (@nikolas_dm) August 3, 2025
Na capital federal, a manifestação conta com parlamentares bolsonaristas; já no Rio de Janeiro, o ato tem a presença de Flávio Bolsonaro (PL-RJ), senador e filho mais velho do ex-presidente.
RIO DE JANEIRO COMEÇOU AGORA ÀS 11H. REAJA BRASIL! pic.twitter.com/JxmTFQ0jIS
— Silas Malafaia (@PastorMalafaia) August 3, 2025
Em São Paulo, simpatizantes de Bolsonaro se reúnem na Avenida Paulista, um palco conhecido de manifestações da direita à esquerda, onde são esperadas as principais lideranças políticas do bolsonarismo.
A ausência mais sentida do grupo é a do governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que passa por um procedimento médico neste domingo.

Alexandre de Moraes durante cerimônia de abertura dos trabalhos do STF: alvo prioritário do bolsonarismo
As pautas
Os atos são uma reação organizada pelas lideranças mais radicais da direita, como o pastor Silas Malafaia, presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, à sequência de reveses sofridos pelo grupo no Judiciário.
Fora das eleições até 2030 por decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Bolsonaro virou réu no STF (Supremo Tribunal Federal) por suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022 e, se condenado, pode pegar até 43 anos de cadeia. Desde 18 de julho, o ex-presidente ainda cumpre medidas cautelares determinadas por Alexandre de Moraes, que incluem o uso de tornozeleira eletrônica.
As punições são alternativas à prisão preventiva e incluem também as proibições de acessar as redes sociais, circular livremente entre 19h e 7h, frequentar embaixadas e conversar com embaixadores, diplomatas estrangeiros e outros investigados pela corte, como seu filho, Eduardo Bolsonaro (PL).
Nesta semana, a deputada Carla Zambelli (PL-SP) foi presa na Itália, onde estava foragida há dois meses após ser condenada a 10 anos de prisão pela invasão aos sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Moraes pediu a extradição da parlamentar, e o bolsonarismo praticamente esgotou as alternativas buscadas para livrar uma de suas integrantes da cadeia.