Milhares de pessoas se manifestavam nesta terça-feira (28) na cidade de Gaza contra o plano de paz que Washington deve apresentar hoje para resolver o conflito entre israelenses e palestinos, mas que já foi rejeitado pelos palestinos.
Os manifestantes queimaram pneus, bandeiras americanas e retratos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, gritando “o plano não passará”.
Em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, os manifestantes agitavam bandeiras palestinas e pisoteavam retratos de Donald Trump.
Outros protestos estão planejados em Nablus e Ramallah, na Cisjordânia, um território palestino ocupado por Israel desde 1967, e espera-se que continue até a noite.
Trump recebeu na segunda-feira em Washington o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o líder da oposição israelense, Benny Gantz, que consideraram o plano “histórico”.
Já os palestinos consideram o texto muito favorável a Israel.
De acordo com a mídia palestina e israelense, o projeto inclui, entre outras coisas, a anexação dos assentamentos israelenses e do Vale do Jordão, uma área agrícola e estratégica que engloba cerca de 30% da Cisjordânia, e o reconhecimento oficial de Jerusalém como capital de Israel.
Os palestinos esperam fazer de Jerusalém Oriental a capital do Estado a que aspiram.
A Faixa de Gaza, da qual Israel se retirou em 2005, é um enclave empobrecido, governado desde 2007 pelo movimento islâmico Hamas.
O Hamas e Israel travaram três guerras desde aquela data.