13/08/2024 - 14:44
A idosa Maria Helena de Souza Pereira, de 77 anos, mãe de Francisco de Assis, conhecido como “Maníaco do Parque”, declarou em entrevista que não receberia o filho em casa após ele ser solto e que mulheres pedem para visitá-lo. Por problemas financeiros, a senhora não vai ao presídio ver o encarcerado há dez anos, e, apesar disso, ainda diz o amar.
O “Maníaco do Parque” é considerado o maior serial killer do País e foi condenado pela morte de sete mulheres, apesar de ter confessado o assassinato de nove. Francisco de Assis foi sentenciado a 280 anos de prisão, mas há a expectativa de que seja solto em 2028, por conta da legislação da época em que foi preso não permitir mais de 30 anos de reclusão. As informações são de Ullisses Campbell, da coluna “True Crime”, do “Globo”.
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Francisco de Assis cumpre pena na Penitenciária Orlando Brando Filinto, em Iaras (SP) – cidade que fica a cerca de 285 quilômetros da capital paulista – desde 2009. “Não tenho mais condições de pegar um ônibus e viajar até Iaras. Tenho de ir de carro e ficar em hotel. São quatro horas de viagem”, comentou a mãe do “Maníaco do Parque”.
Maria Helena relatou que suas condições financeiras a impediram de comparecer ao presídio para falar com o filho. Durante a pandemia de Covid-19, Francisco pediu para que não fosse visitado.
“Ele sempre foi amigo das meninas”
A idosa ponderou que o fato de o “Maníaco do Parque” ter sido ateu pode ter contribuído para as práticas criminosas. “Uma pessoa sem religião é uma pessoa sem Deus. Francisco não tinha Deus dentro dele. Ele só vivia para o mundo”, afirmou Maria Helena, que também ressaltou não perceber qualquer traço de psicopatia no filho durante a infância.
“Ele sempre foi amigo das meninas, de mulheres, das moças, e amava crianças. Sempre foi muito mulherengo”, pontuou a mãe de Francisco, que reiterou ter criado um filho “macho”. “Essa conversa de que ele seria gay começou porque ele vestia roupas coladas ao corpo e com cores berrantes.”
O nome “Maníaco do Parque” foi qualificado pela idosa como “maldito” e disse sentir uma dor no coração ao pensar nos crimes do homem. “Nunca fale essa palavra suja perto de mim. O meu filho se chama Francisco”, declarou Maria Helena, acrescentando que não tem vergonha do que o encarcerado fez. “Nunca soube de nada. Como disse antes, até tenho minhas dúvidas.”
A idosa espera que Francisco não volte a cometer crimes após se tornar evangélico e passar anos na prisão. Ainda conforme Maria Helena, muitas mulheres se dizem apaixonadas pelo homem. “Algumas quiseram fazer visita íntima, mas o juiz não permitiu”, relatou.
A mãe de Francisco também informou que trata muito bem tais mulheres e chega a receber ajuda com dinheiro e alimentação de algumas delas. “Nunca fiz alerta a ninguém, Elas vão lá de livre e espontânea vontade”, pontuou. Ao final, Maria Helena pediu perdão aos familiares das vítimas do “Maníaco do Parque”.
“Nenhuma mãe deveria passar por isso”
“Nenhuma mãe deveria passar por isso. Lembro do dia em que ele foi preso e fui à delegacia perguntar se tinha feito aquilo tudo. Ele não respondeu nada”, explicou a idosa, se descrevendo como uma mulher “forte, brava e guerreira”.
Ao ser perguntada se receberia o filho em casa novamente após os anos de reclusão, Maria Helena disse que possui receio de um possível assédio da imprensa e que Francisco é “outro homem”. “O ideal seria que ele fosse morar em Portugal, onde há uma mulher apaixonada por ele que quer levá-lo para lá”, pontuou a mãe do “Maníaco do Parque”.