Mangione é indiciado por morte de CEO e pode pegar pena de morte

ROMA, 18 ABR (ANSA) – Luigi Mangione, o jovem ítalo-americano de 26 anos acusado de assassinar à queima-roupa o CEO da seguradora de saúde UnitedHealthCare, Brian Thompson, foi indiciado por homicídio, perseguição e posse de arma de fogo em um tribunal federal de Manhattan, em Nova York.   

O crime ocorreu em 4 de dezembro de 2024, quando o poderoso executivo foi morto com tiros pelas costas diante de um hotel de luxo no coração da maior metrópole dos Estados Unidos.   

Se for condenado, Mangione arrisca pegar a pena de morte, sentença pedida pela procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi. O jovem já se declarou inocente das acusações de homicídio e terrorismo apresentadas pela Justiça estadual de Nova York, que move um processo paralelo contra ele.   

Mangione foi preso em 9 de dezembro e é filho de uma família rica de Maryland, além de ter se formado na conceituada Universidade Estadual da Pensilvânia.   

Antes do crime, ele já havia expressado “ódio” contra seguros de saúde, setor que ele definiu como uma “máfia muito poderosa” em um manifesto, porém ainda não está claro o que exatamente teria motivado o assassinato atribuído ao jovem.   

Ainda assim, os rumores de que Thompson foi morto em retaliação por tratamentos de saúde negados já foram o suficiente para Mangione se tornar uma espécie de herói nas redes sociais entre aqueles que criticam o sistema de saúde americano.   

Devido à ameaça de uma eventual pena de morte, a coalizão Aliança Verdes e Esquerda (AVS), que reúne pequenos partidos progressistas na Itália, pediu a intervenção do governo da premiê Giorgia Meloni em prol de Mangione pelo fato de ele também ter cidadania italiana.   

“Acreditamos que a pena de morte é uma aberração do direito e que a Justiça nunca pode ser uma vingança. Mangione tem dupla cidadania e, em casos análogos, os ministros da Justiça italianos sempre intervieram para evitar a pena de morte, abolida em nosso país”, disse o vice-líder da AVS na Câmara dos Deputados, Marco Grimaldi. (ANSA).