Maneskin faz show icônico em SP com protestos e diversão

SÃO PAULO, 10 SET (ANSA) – Por Luciana Ribeiro – Um dia após emocionar os fãs no Rock in Rio, a banda italiana Maneskin subiu ao palco em São Paulo na noite desta sexta-feira (9) e fez uma apresentação icônica.   

Formado pelo vocalista Damiano David, a baixista Victoria De Angelis, o baterista Ethan Torchio e o guitarrista Thomas Raggi, o quarteto incendiou o atual Espaço Unimed, na região oeste da capital paulista, e mostrou que o “rock and roll não morreu”.   

Com uma performance de tirar o fôlego, a banda abriu o show com “Zitti e Buoni, música que lhe rendeu os títulos do Festival de Sanremo e do Eurovision em 2021, e levou ao palco faixas como “Caroline”, uma homenagem de Damiano à sua namorada, Giorgia Soleri, “Il Nome del Padre”, seu trabalho mais recente, e o single “Mammamia”.   

Apesar de apresentar uma setlist relativamente curta, os italianos agitaram o público com os hits “Beggin”, “Supermodel” e “I Wanna be your slave”, que foi tocada pela segunda vez para encerrar o show.   

Victoria e Thomas literalmente se jogarem em cima e no meio da multidão por diversas vezes para tocar seus instrumentos. Com o alvoroço, um problema no figurino deixou a baixista da banda de peito nu no palco.   

Além disso, um grupo de pessoas subiu ao palco para curtir a música “Lividi sui gomiti” junto com seus ídolos.   

Cantando em italiano e inglês, Damiano ficou impressionado com os brasileiros gritando todas as suas letras e voltou a pronunciar palavrões que aprendeu em português.   

“Vocês são a multidão mais barulhenta de todos os tempos. Não consigo nem me ouvir no retorno. Não ligo, porque consigo ouvir vocês”, disse o vocalista do Maneskin, que deu diversas risadas e perguntou várias vezes se os fãs estavam bem.   

Também conhecido por seus posicionamentos políticos, Damiano se rendeu aos gritos de protesto da plateia e se manifestou contra o presidente Jair Bolsonaro. “Fora Bolsonaro”, disse ele.   

Trajetória – Formado em 2015, em Roma, o Maneskin – palavra em dinamarquês que significa “luar” – ganhou notoriedade ao ficar em segundo lugar na versão italiana do reality de calouros “X Factor”, mas se tornou sucesso global após as vitórias no Festival de Sanremo e no Eurovision, com a canção “Zitti e Buoni”, em 2021. No ano passado, a banda também abriu um show dos Rolling Stones em Las Vegas e foi eleita como melhor grupo de rock no MTV Europe Music Awards.   

Até o momento, soma seis discos de diamante, 133 de platina e 34 de ouro, além de ser o conjunto musical italiano mais ouvido no Spotify.   

No fim do mês passado, inclusive, o Maneskin entrou para a história ao se tornar a primeira banda italiana a ganhar um prêmio de “Melhor Vídeo Alternativo” no MTV Video Music Awards, com o clipe da canção “I Wanna Be Your Slave”. Na mesma época, o quarteto alcançou a posição número 1 nos rádios americanos, graças ao último single “Supermodel”, que se tornou o terceiro sucesso da banda em menos de um ano – depois de “Beggin'” e “I Wanna Be Your Slave” – a chegar ao topo de uma ou mais paradas de rock da Billboard.   

Já no Rock in Rio, o grupo subiu no palco no mesmo dia que Guns n’ Roses e, em um show eletrizante, fez uma homenagem ao Queen, interpretando o clássico “Love of My Life”. (ANSA)