Os jogadores do Grêmio não deram entrevistas no intervalo e nem após a derrota para o América-MG, por 3 a 1, no Independência, em Belo Horizonte, na noite deste sábado. Se eles não falaram, o técnico Vagner Mancini e o vice-presidente Dênis Abrahão foram para a coletiva e criticaram elenco e arbitragem.

“Você joga com o emocional desequilibrado ao tomar gol no primeiro minuto. Depois tem a confusão se foi ou não pênalti. Aí, você leva mais um nos acréscimos e outro quando volta do intervalo. Não tem força para buscar o resultado. Isso influenciou no resultado. Vi uma equipe que errou muito, faltou criatividade, desperdiçou muita bola. Isso tem que ser arrumado rapidamente. Terça-feira já temos um novo jogo”, resumiu Mancini.

O vice de futebol, Dênis Abrahão, usou e abusou da verborragia e não poupou críticas ao time após a 18ª derrota, a mesma quantidade da Chapecoense, lanterna e já rebaixada no Brasileirão.

“Vocês me perdoem, mas a situação não piorou. Acho que até melhorou. Nós temos uma única obrigação. Temos que dar satisfação ao torcedor já na próxima terça. Precisamos entrar com tesão, com cara de Grêmio, menos tic-tac. Será um jogo sofrido, pegado. Não pode levar três gols. Que isso? O Grêmio é muito grande para tomar gol idiota”, começou o dirigente.

Além do grupo, Abrahão também criticou a arbitragem do paulista Flávio Rodrigues de Souza. Para o dirigente, o árbitro deixou de anotar um pênalti em Elias quando a partida ainda estava 1 a 0 no primeiro tempo.

“Tem que falar da arbitragem, sim. Contra nós é pênalti, a favor não? Não tem critério. O Grêmio perdeu, mas foi pênalti. Um time nervoso, em uma situação assim e se depara com um erro desse tamanho. O Grêmio foi prejudicado de novo pela arbitragem. Já derrubaram o Gaciba (Leonardo), vão derrubar o Alício Pena Júnior também? A arbitragem é fraca”, sentenciou.

O Grêmio se manteve na vice-lanterna com apenas 29 pontos, a sete do primeiro adversário fora da degola. Na 33ª rodada, na terça-feira, enfrentará o Red Bull Bragantino na Arena, em Porto Alegre.

“O Vagner tem contrato até o fim do ano que vem. Não temos dúvida do trabalho que está sendo desenvolvido. Já começamos a remobilização do grupo. Não tem nada decidido. Tem muita água para rolar. Vamos trabalhar o psicológico. Está difícil, mas não é impossível”, finalizou Abrahão diante de vários questionamentos da imprensa.