A organizada do Palmeiras Mancha Alvi-Verde emitiu um posicionamento sobre o clube ter cedido o Allianz Parque para o São Paulo. Na posição da torcida, o ato é “uma afronta” à história do Verdão. O Tricolor Paulista receberá o Água Santa na próxima segunda no estádio palmeirense como mandante.

“O empréstimo do Allianz Parque a um clube inimigo desconsidera uma série de fatores: o entorno do estádio, com a presença de incontáveis sedes de torcida, lojas, bares e estabelecimentos que respiram Palmeiras; o direito de ir e vir dos associados do clube social; e mesmo a segurança dos moradores de um bairro alviverde como nenhum outro”, descreveu a organizada.

 

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Até a modernização do estádio do Palmeiras, que passou a se chamar Allianz Parque, era comum que o clube da Zona Oeste de São Paulo mandasse seus grandes jogos e clássicos no Morumbi, estádio do São Paulo. No entanto, o contrário pouco ocorreu, pois o São Paulo quase sempre mandou suas decisões em sua casa ou, quando necessário, optava por jogar no Pacaembu. O problema é que o estádio Paulo Machado de Carvalho, que antes era do município, agora foi cedido à iniciativa privada e está em obras.

Agora, um acordo entre as diretorias de São Paulo e Palmeiras teve como premissa as equipes “alugarem” seus estádios para o rival. Enquanto o Alviverde jogou o clássico contra o Santos no Morumbi, sem precisar pagar nada, o Tricolor Paulista também jogará no Allianz Parque sem tirar nenhum percentual da renda obtida. O motivo do São Paulo não jogar na sua casa é que nos próximos dias o Morumbi será palco de uma sequência de shows do Coldplay.

Leia nota na íntegra:

UMA AFRONTA À NOSSA HISTÓRIA!

As críticas que fizemos até aqui à presidente Leila Pereira refletem visões distintas sobre prioridades de investimento do clube. Mas nenhum equívoco cometido neste primeiro ano de gestão se equipara à inaceitável decisão de ceder o Allianz Parque ao clube que, décadas atrás, tentou tomar a nossa casa.

Leila tomou tal medida sem consultar ninguém e, mesmo diante da repercussão negativa entre os palmeirenses, seguiu adiante com um acordo que só é bom para o nosso inimigo.

Ao longo do último mês, Leila foi alertada dos riscos de tal arranjo, primeiro em uma carta aberta assinada por 34 conselheiros e depois em conversas com inúmeras pessoas influentes e que conhecem a fundo a história do clube. E o que fez a mandatária? Simples: ignorou a sensatez dos que cumpriram o dever de aconselhá-la.

Alheia às vozes divergentes, ela segue tomando decisões monocráticas e que parecem atender mais a suas aspirações pessoais do que aos interesses da coletividade palmeirense.

O empréstimo do Allianz Parque a um clube inimigo desconsidera uma série de fatores: o entorno do estádio, com a presença de incontáveis sedes de torcida, lojas, bares e estabelecimentos que respiram Palmeiras; o direito de ir e vir dos associados do clube social; e mesmo a segurança dos moradores de um bairro alviverde como nenhum outro.

A revolta entre os palmeirenses é consensual, mas, ao que parece, a mandatária prefere dar ouvidos ao dirigente rival que, há menos de um ano, atuou nos bastidores para tentar impedir que o Palmeiras jogasse em casa a final do Paulistão – lembram-se disso?

A realização desta partida lamentável no Allianz Parque constitui uma afronta à nossa história, aos nossos símbolos e à nossa coletividade. E é uma página tenebrosa a desonrar a memória dos bravos palestrinos da Arrancada Heroica, que protegeram o nosso estádio do ataque inimigo.

Diretoria Mancha Alvi Verde