Dois aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) carregados com cilindros de oxigênio chegaram em Manaus, na madrugada desta sexta-feira (15), vindos de Guarulhos (SP) para ajudar na crise da saúde que enfrenta o Amazonas. As informações são do G1.

Nesta quinta-feira (14), o ministro da Saúde Eduardo Pazuello disse que o governo não tinha transporte para enviar os cilindros.

“A ponte aérea de oxigênio está impactada porque nós não temos os cargueiros específicos da FAB pra fazer isso. Então a situação em Manaus é muito grave. Estamos manobrando pra tentar reverter o quadro”, disse o ministro.

No total, 386 cilindros de oxigênio foram transportados para o Amazonas. Eles serão utilizados em hospitais no atendimento de pacientes com Covid-19 no estado.

Durante live nas redes sociais com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Eduardo Pazuello admitiu que há um colapso no sistema de saúde de Manaus.

“Agora, nós estamos novamente em uma situação extremamente grave em Manaus. Eu considero que, sim, há um colapso hoje no atendimento de saúde em Manaus. A fila para leitos, ela cresce bastante. Já estamos hoje em 480 pessoas na fila”, declarou Pazuello.

Oxigênio de empresa fornecedora

A empresa White Martins, principal fornecedora de oxigênio para o estado do Amazonas, também disponibilizou cilintdos para o estado.

Os cilindros chegaram pelo Aeroporto Internacional Eduardo Gomes e foram entregues à Central de Medicamentos do Amazonas (Cema). Ao todo, são 150 cilindros, sendo 80 para o interior do estado e os outros 70 pra a capital Manaus.

A Polícia Militar fez uma escolta dos cilindros pelo trajeto até chegaram ao seu destino, para agilizar a chegada do material, especialmente por conta do tráfego.

A empresa também identificou a disponibilidade do produto em suas operações na Venezuela e que “neste momento está atuando para viabilizar a importação do produto para a região”.

Na noite desta quinta-feira, o ministro de Relações Exteriores da Venezuela informou que o país estava oferecendo ajuda ao governo do Amazonas e que também enviaria oxigênio para os hospitais do estado.