Depois de crescer ouvindo Chico, Caetano e Gal com o pai — e até gravar uma canção inédita dele, composta há mais de 40 anos — Malu Azevedo representa uma nova geração que redescobre e ressignifica a Música Popular Brasileira com frescor e sinceridade.
Aos 20 e poucos anos, a cantora e compositora traduz em suas músicas o olhar de quem vive intensamente: mistura leveza, introspecção e uma vulnerabilidade bonita, que transforma sentimentos em melodia.
Em seu novo EP, Vem Comigo, Malu transforma emoções em canções e mostra que a MPB continua viva, pulsante e aberta a novas vozes. Sua versão de “Marcas na Areia”, escrita por seu pai nos anos 1980, se tornou símbolo dessa ponte entre gerações — uma bossa nova atemporal que encontrou nova vida nas redes.
“Quando eu ouvi a música dele pela primeira vez, senti o mesmo que sinto com Chico, Caetano, Gal ou Bethânia. Era uma canção que atravessava o tempo”, conta Malu.
Entre inspirações clássicas e influências modernas, ela constrói uma sonoridade delicada e emocional, marcada pela sinceridade das letras e pela suavidade de sua voz. Para a artista, a internet tem papel essencial na aproximação do público jovem com o gênero. “As trends e os vídeos curtos fizeram muita gente redescobrir músicas antigas. A internet virou uma ponte entre o clássico e o contemporâneo.”
Com uma estética sensível, mas sem ingenuidade, Malu Azevedo aposta na verdade como força criativa. “Quero ajudar a construir uma nova MPB, que converse com a minha geração, mas mantenha o coração e a essência da música brasileira.”