Foram resgatados 114 migrantes nesta segunda-feira (13) de manhã pela Marinha maltesa a 53 milhas náuticas ao sul do país, onde puderam desembarcar, anunciou a instituição em Malta.

A operação foi realizada em águas internacionais, na zona de busca e resgate maltesa. Segundo a Marinha, a embarcação na qual os migrantes se encontravam estava prestes a naufragar.

No final de julho, Malta resgatou e acolheu 19 migrantes depois do naufrágio de seu barco que também estava em águas internacionais.

Desta maneira, nos últimos anos, os centenas de milhares de migrantes resgatados em frente à Líbia foram levados para a Itália, com barcos de resgate que passam em frente a Malta sem parar.

As autoridades não aceitavam até agora mais do que as emergências médicas e os migrantes resgatados em suas águas territoriais.

No entanto, a intransigência do novo governo italiano, que rechaça desde junho as chegadas de migrantes, pressionou Malta para que os receba.

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No fim de junho, este país aceitou o desembarque de mais de 230 migrantes resgatados em frente à Líbia pela ONG alemã Lifeline, depois de ter obtido a garantia de que seriam divididos entre uma dezena de países europeus.

Mas Malta, assim como a Itália, se nega a receber os 141 migrantes resgatados na sexta-feira pelas organizações SOS Mediterrâneo e Médicos Sem Fronteiras (MSF).

Valeta, que durante muito tempo foi sede de várias pequenas ONGs dedicadas aos resgates no mar, também mudou sua política a partir de junho.

Desde então, vários barcos de ONGs que faziam escalas técnicas em Malta estão atualmente bloqueados no porto pelas autoridades, enquanto outros como o “Open Arms” e o “Aquarius” não conseguiram a autorização para entrar no porto, ou sequer para se abastecer.


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