Malta aceitou, nesta segunda-feira (27), assumir a presidência rotativa da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) em 2024, pondo fim a um bloqueio após o veto russo à candidatura da Estônia por ser parte da Otan, informou a organização.

“Obrigado, Malta, pela sua disponibilidade em assumir este papel vital e a todos os colegas pela sua flexibilidade e apoio”, escreveu Bujar Osmani, ministro das Relações Exteriores da Macedônia do Norte, que ocupa a presidência do órgão até o final de 2023.

Os 57 países membros da OSCE, incluindo a Rússia e a Ucrânia, concordaram nesta segunda-feira que Malta, uma ilha da União Europeia, assumisse a nova presidência, segundo uma fonte diplomática.

O primeiro-ministro maltês, Robert Abela, presente em Viena, onde está sediada a OSCE, saudou o acordo.

A decisão ainda deve ser ratificada durante o 30º conselho ministerial da organização, que acontecerá na quinta e sexta-feira em Skopje, capital da Macedônia do Norte.

A OSCE, formada em 1975 em plena Guerra Fria para promover o diálogo Leste-Oeste, vive há vários anos uma crise existencial devido ao bloqueio russo a decisões que exigem consenso.

Moscou não queria ver a Estônia na presidência da organização porque é membro da Otan, ao contrário de Malta.

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