O pastor Silas Malafaia alegou neste domingo, 7, que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), “tem rasgado sucessivamente” a Constituição. Malafaia citou o inquérito “imoral e ilegal” das fake news. “Que democracia é essa? Um homem destruindo o Estado democrático de Direito. Achei que estava demorando chegar minha vez. Ai ele me inclui em uma investigação sobre obstrução de justiça e coação no curso do processo. O que é que eu tenho com isso?”, bradou durante ato bolsonarista na Paulista.
“É crime dar opinião, dar conselho, criticar, influenciar?”, completou o pastor, que recentemente foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal e teve seu passaporte confiscado. Malafaia alegou que o “modo” de Moraes é “colocar medo, calar a boca e travar opositores”. “Mas escolheu cara errado”, disse citando ainda a ‘Gestapo’ de Moraes. “De fato, de vez em quando falo umas coisas indevidas, mas é melhor do que destruir a democracia brasileira”, ponderou.
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O pastor também afagou o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos), o mais cotado para herdar o espólio político do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Tarcísio é meu amigo. Já fiz críticas públicas e no privado a ele. Mas agora está sendo um leão em favor da anistia”, exaltou, sobre as articulações feitas pelo mandatário na última semana.
O pastor afirmou que nenhum dos filhos de Bolsonaro “nem ninguém da direita” tem que dizer “se Bolsonaro não for candidato, estou aqui”. “É imaturidade política”, destacou, alegando que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou o atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como candidato nas eleições 2018 “um dia antes do prazo final de candidatura pelo Tribunal Superior Eleitoral”. “Que papo é esse de dizer que A, B ou C é candidato da direita? Calem a boca”, bradou.
Nas últimas semanas, Tarcísio iniciou uma ofensiva na capital federal em prol da anistia dos réus do 8 de janeiro de 2023, pelo que a Procuradoria-Geral da República aponta como uma tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. Entre os acusados nessa trama está o ex-presidente Jair Bolsonaro, aliados e milhares de pessoas que destruíram as sedes dos Três Poderes clamando por uma intervenção militar.