O ministro de Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, pediu nesta segunda-feira (1º) o retorno dos colonos judeus a Gaza depois da guerra e um “incentivo” para os palestinos emigrarem, um dia depois que outro ministro de extrema direita se posicionou de forma similar.

“Promover uma solução que fomente a emigração dos habitantes de Gaza é necessário. É uma solução correta, justa, moral e humana”, disse Ben Gvir em uma reunião do partido, segundo comentários que ele mesmo compartilhou nas redes sociais.

“Faço um chamado ao primeiro-ministro e ao ministro das Relações Exteriores, esta é uma oportunidade para desenvolver um projeto que fomente a emigração dos habitantes de Gaza para outros países do mundo”, acrescentou o ministro de Segurança Nacional.

Ele afirmou que a saída de palestinos da Faixa de Gaza abriria o caminho para o restabelecimento de assentamentos judaicos no território palestino e para “trazer de volta os habitantes da zona fronteiriça e de Gush Katif”, o antigo bloco de assentamentos em Gaza, acrescentou Ben Gvir.

Ben Gvir, líder do partido de extrema direita Força Judaica, foi acusado mais de 50 vezes em sua juventude por incitação à violência ou incitação ao ódio, e condenado em 2007 por apoio a um grupo terrorista e incitação ao racismo.

Outro representante da extrema direita no governo de Benjamin Netanyahu, o ministro das Finanças Bezalel Smotrich, também defendeu no domingo o retorno dos colonos judeus à Faixa de Gaza e a emigração de sua população palestina.

O Hamas reagiu a essas declarações e as classificou como “uma convocação para deslocar dois milhões de palestinos” da Faixa de Gaza. “Trata-se de um crime de guerra”, afirmou o movimento islamista.

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