O dramaturgo Naum Alves de Souza foi sepultado nesse domingo, 10, aos 73 anos. Nascido em Pirajuí, interior de São Paulo, o corpo foi velado no Cemitério Getsêmani, no Morumbi. Segundo amigos, ele estava internado na UTI de um hospital em São Paulo. As causas da morte não foram divulgadas.

Aos 18 anos, Naum mudou-se para São Paulo, onde começou, mais tarde, a dar aula de educação artística para crianças e adolescentes. Naum também atuou como diretor, cenógrafo, figurinista e artista plástico. Sua estreia profissional fora desse grupo se dá como cenógrafo e figurinista de El Grande de Coca-Cola, um musical americano dirigido por Luiz Sérgio Person, no Auditório Augusta, em 1974. Em seguida desenvolveu os bonecos do Vila Sésamo, programa infantil da TV Cultura.

Na década de 1970, ele trabalhou na formação de artistas com a fundação do grupo experimental Pod Minoga Studio, que incorporava linguagens do circo, teatro de revista, ópera, cinema e rádio. A companhia fundada ao lado de Carlos Moreno, Dionísio Jacob, Flávio de Souza e Mira Haar surgiu no contexto de um curso de artes ministrado pelo próprio Naum, e manteve forte influência das artes plástica.

A produção do artista é marcada por montagens como A Maratona, Aurora da Minha Vida, Um Beijo, Um Abraço, Um Aperto de Mão e No Natal a Gente Vem Te Buscar. Suburbano Coração teve músicas de Chico Buarque. Dona Doida, estrelou com Fernanda Montenegro no elenco. E Falso Brilhante, de Elis Regina, contou com seu figurino. Naum também manteve grandes parcerias artísticas com a atriz Marieta Severo e com o bailarino J. C Violla.

Diversos artistas lamentaram a morte de Naum nas redes sociais. O dramaturgo Dionísio Neto lamentou a morte da atriz cubana Phedra de Córdoba, que também morreu nesse sábado. “Dedico meu dia a você Phedra e a você Naum. Obrigado por cada sorriso que sorrimos juntos”, escreveu. O dramaturgo René Piazentin lembrou que, apesar de Naum ser conhecido como dramaturgo, era um grande multiartista. “É dele a direção de arte, cenografia e figurinos no Macunaíma, de Antunes Filho, um marco do Teatro Brasileiro.” O ator Roney Facchini lamentou a perda do artista com quem iria estrear um projeto nos próximos meses. “Sempre foi meu ídolo, o talento transbordava dele.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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