Um total de 95 países pediu nesta terça-feira (10), durante a Conferência da ONU sobre os Oceanos, a adoção de um tratado “ambicioso” sobre a poluição por plásticos para reduzir a produção desse poluente que satura os mares do planeta.
“Pedimos a adoção de um objetivo global para reduzir a produção e o consumo de polímeros plásticos primários a níveis sustentáveis”, escreveram os signatários da declaração.
Os países signatários representam mais da metade dos 170 Estados que participam desde 2022 da negociação de um tratado sobre o plástico.
“Queremos enviar uma mensagem clara ao mundo. Não aceitaremos qualquer tratado baseado em soluções falsas”, declarou a ministra de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Colômbia, Lena Estrada.
A secretária mexicana de Meio Ambiente, Alicia Bárcena, afirmou que a declaração assinada “é fundamental, já que envia um sinal muito forte”.
As negociações para um tratado vinculativo sobre a poluição por plásticos serão retomadas em Genebra no início de agosto.
A última sessão foi concluída sem sucesso em dezembro passado em Busan, na Coreia do Sul, após o surgimento de um bloco de países principalmente produtores de petróleo (Arábia Saudita, Rússia, Irã, etc.) contrário a qualquer limite na produção mundial.
A produção de plástico aumentou de 2 milhões de toneladas em 1950 para 413,8 milhões de toneladas em 2023, e os plásticos representam mais de 80% dos resíduos aquáticos identificados, de acordo com o Starfish Ocean Barometer.
Milhões de toneladas de plástico se infiltram todos os anos nas massas de água, nos alimentos e até no corpo humano na forma de microplásticos.
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