Um estudo da Unicamp alerta para a vulnerabilidade dos povos indígenas em meio à pandemia do novo coronavírus. Segundo a pesquisa mais de 81 mil índios correm alto risco de sucumbir caso a doença chegue às suas regiões. As informações são do G1.

Para os pesquisadores, os povos indígenas são especialmente suscetíveis a vírus porque as nações atuais foram contactadas majoritariamente no século 20 e tiveram pouco contato biológico com patógenos com os quais a população não-indígena já lidou.

Segundo a demógrafa Marta Azevedo, que coordenou a pesquisa, a taxa de mortalidade por doenças como a gripe é muito maior entre eles. Por isso, um vírus mais agressivo, que é o caso do Sars-Cov-2, pode ter uma letalidade alta.

Os especialistas afirmam que a recomendação nesse caso é facilitar o acesso aos itens de proteção, como máscaras e sabão. Também é necessário treinar uma parte da população para que eles mesmos possam educar e formar os outros índios para prevenir a Covid-19. Tudo isso precisa ser feito com cuidado, para que não haja contágio.

De acordo com o Ministério da Saúde, a pasta tem feito ações para orientar as comunidades indígenas, gestores e colaboradores desde janeiro, antes mesmo de a doença ser decretada uma pandemia.

Em nota enviada ao G1, a pasta informou que a detecção e correção de possíveis problemas e a realização de novas ações têm sido frequentes. “Todos os povos indígenas recebem a mesma atenção por parte do Ministério da Saúde, não há um povo que preocupe mais do que outro”, diz a nota.

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