Mais de 80 combatentes do grupo Estado Islâmico (EI), incluindo supostos envolvidos em atentados na Europa, morreram nos ataques aéreos dos Estados Unidos a campos de treinamento de extremistas na Líbia – informou o Pentágono.

“Certamente eram pessoas que estavam tramando operações na Europa e também podiam estar relacionadas com alguns ataques que já ocorreram na Europa”, disse o secretário americano da Defesa, Ashton Carter.

O ataque aéreo americano contra dois campos do grupo extremista aconteceu na noite de quarta-feira (18).

Ao menos 100 bombas guiadas a laser de 226 quilos foram lançadas por dois bombardeiros invisíveis de longo alcance B2 americanos, diretamente sobre dois campos situados 45 km a sudoeste da cidade de Sirte (norte).

O ataque foi realizado em cooperação com o governo de unidade nacional líbio e autorizado diretamente pelo presidente Barack Obama, revelou uma fonte militar que não quis ser identificada.

Os bombardeios são “um exemplo claro dos nosso compromisso perene de destruir o câncer Estado Islâmico, não apenas no Iraque e na Síria, mas por todo lugar onde ele aparecer”, declarou o secretário Carter, em uma breve conversa com a imprensa.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

Os dois aviões B-2 que lançaram os ataques – “Spirit of Pennsylvania” e “Spirit of Georgia” – partiram de sua base aérea de Whiteman, no estado do Missouri, para onde voltaram após encerrar a missão, relatou um porta-voz da Força Aérea americana, o coronel Patrick Ryder.

“Pelo menos um” drone MQ-9 Reaper lançou um míssil Hellfire, completou.

O porta-voz do Pentágono, Peter Cook, disse que esses alvos “incluíam indivíduos que fugiram de Sirte para se reunir em campos isolados no deserto para se reorganizar”.

“Eles representavam uma ameaça para a segurança na Líbia, para a região e para os interesses dos Estados Unidos”, afirmou Cook em um comunicado, destacando que os bombardeios foram bem-sucedidos.

A Líbia está mergulhada no caos desde a queda do regime de Muamar Khadafi, em 2011, provocada por uma coalizão internacional.

O governo de Unidade Nacional de Trípoli é apoiado pela ONU, pelos países ocidentais e por alguns da África, mas não é aceito pelas autoridades do leste do país, lideradas pelo marechal Khalifa Haftar, que se aproximou da Rússia recentemente.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias