O organismo mundial de referência sobre o comércio de espécies selvagens aprovou nesta sexta-feira (28) a adoção de medidas adicionais para reforçar a proteção de mais de 70 espécies de tubarões e raias.
Os países signatários da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Selvagens (CITES) votaram a favor de uma regulamentação mais rigorosa do comércio de várias espécies, desde os tubarões-baleia até as jamantas.
Este passo foi celebrado por defensores da natureza e especialistas, que alertaram que diversas espécies de tubarões e raias enfrentam um perigo crescente devido à sobrepesca e às mudanças climáticas.
“É uma vitória histórica para os tubarões”, declarou Barbara Slee, diretora de programa do Fundo Internacional para a Proteção dos Animais (IFAW).
O acordo CITES protege os animais e plantas mais ameaçados do mundo e regula o comércio de mais de 40.000 espécies.
A decisão de sexta-feira proíbe o comércio de tubarões-baleia e jamantas. Na véspera, foi proibido o comércio do tubarão-galha-branca-oceânico , em perigo crítico de extinção.
As propostas destinadas a reforçar a proteção dos tubarões foram adotadas por consenso, o que Slee qualificou como um bom sinal sobre a evolução das percepções em relação aos tubarões.
“Isso deveria marcar o fim da sobrepesca e uma nova onda de esperança para os tubarões”, declarou.
Mais de um terço das espécies de raias e tubarões estão ameaçadas de extinção, principalmente devido à sobrepesca, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).
Muitas são procuradas por suas barbatanas, fígado ou carne, enquanto outras morrem acidentalmente em redes de pesca destinadas a outras espécies.
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