Mais de 25% dos militares estrangeiros estacionados no Iraque, americanos em sua maioria, deixaram o país em 2018 – informaram as autoridades iraquianas um mês depois do anúncio dos Estados Unidos de que retirariam seus soldados da Síria, provavelmente usando o Iraque como base.

“Em janeiro de 2018, havia cerca de 11.000 soldados estrangeiros, dos quais 70% americanos”, afirmou o primeiro-ministro Adel Abdel Mahdi em entrevista coletiva ontem à noite.

“Em dezembro, o número total caiu para 8.000, sendo cerca de 6.000 americanos”, acrescentou.

No final de 2017, o Iraque declarou vitória frente ao grupo Estado Islâmico (EI), expulso dos centros urbanos depois de três anos de campanha das tropas iraquianas apoiadas por uma coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.

Os EUA estacionaram até 170.000 soldados no Iraque em meio à rebelião que se seguiu à invasão americana do país em 2003.

No final de 2011, os EUA se retiraram do Iraque. Depois, tropas americanas retornaram com a coalizão criada em 2014 para lutar contra o EI no Iraque e na Síria.

Durante uma visita surpresa aos soldados americanos no Iraque, no Natal, o presidente americano, Donald Trump, disse que não retiraria os soldados desse país. Em contrapartida, estudava a possibilidade de usar o território “como uma base”, em caso de intervenção na Síria. Lá, o EI ainda controla alguns setores na fronteira iraquiana.