Mais de 200 narcotraficantes do Clã do Golfo são capturados na Colômbia

As autoridades da Colômbia informaram nesta segunda-feira (5) a captura de mais de 200 membros do Clã do Golfo, a maior organização narcotraficante do país e responsável por um “plano pistola” que resultou na morte de cerca de vinte agentes das forças de segurança.

No final de abril, o presidente colombiano, Gustavo Petro, denunciou que o poderoso cartel estava implementando uma estratégia de “assassinato sistemático” de membros das forças públicas, em meio ao pior pico de violência armada na última década.

Como resposta “coordenada” das autoridades, foi realizada “a captura de 217 indivíduos desse grupo armado organizado” desde 15 de abril, detalhou em entrevista coletiva o almirante Francisco Cubides, comandante das Forças Militares.

Outros 15 narcotraficantes foram mortos em operações de segurança, e foram apreendidas 6,8 toneladas de entorpecentes, 123 armas de fogo e mais de 15 mil munições, informou Cubides.

A ofensiva do Clã do Golfo, de origem paramilitar, deixou 16 policiais e cinco militares mortos desde então, acrescentou o almirante.

“É a resposta desesperada que esses grupos armados dão diante dos golpes contundentes que as forças militares e a polícia vêm desferindo”, disse Cubides, referindo-se às operações nos departamentos de Bolívar, Antioquia, Córdoba, Chocó e Magdalena, nas regiões norte e oeste do país.

Considerado o maior cartel do país e o principal produtor de cocaína do mundo, o Clã do Golfo se autodenomina Exército Gaitanista da Colômbia e conta com mais de 7.500 membros.

A Colômbia enfrenta seu pior surto de violência desde a assinatura do acordo de paz com as Farc em 2016, em meio a negociações frustradas entre o governo e as principais organizações ilegais.

As conversações não avançaram com a maior parte do Exército de Libertação Nacional (ELN), com o Clã do Golfo e com o Estado-Maior Central, a maior dissidência das Farc.

No domingo, Petro anunciou pela rede X que fará nesta segunda-feira um pronunciamento presidencial sobre a segurança na Colômbia, com foco especial no “plano pistola”.

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