14/09/2017 - 20:26
Com mais de 200 atrações culturais gratuitas em sua programação, começou hoje (14) a segunda edição do Festival Literário Internacional de Belo Horizonte (FLI-BH). Até o próximo domingo (17), serão realizados debates, oficinas, saraus, shows, narrações de histórias, exposições, lançamento de livros, exibição de filmes, intervenções urbanas e outras atividades voltadas para valorização da literatura e o fomento à leitura.
O tema desta edição é Vozes de Todos os Cantos. A maior parte da programação acontece no Centro de Referência da Juventude, no centro da capital mineira, embora também estejam previstas atividades em algumas outras localidades.
No Cine Santa Tereza, por exemplo, serão exibidos filmes baseados em adaptações da literatura brasileira. Uma novidade deste ano é a criação do espaço Biblioteca dos Bebês, onde crianças de até seis anos podem ter experiências com os livros.
“A curadoria apontou a necessidade de valorizar vozes e explorar a multiplicidade de produções literárias, para que dialoguem e circulem num mesmo espaço, sendo valorizadas da mesma forma”, disse Juca Ferreira, secretário de Cultura de Belo Horizonte.
Apesar de ser um evento novo, que está chegando à sua segunda edição, Juca afirma que ele já está incorporado ao calendário da cidade. A primeira edição ocorreu em 2015.
De acordo com a página virtual do FLI-BH, o evento pretende “romper com as divisões entre centro e periferia, entre guetos, grupos e classes sociais, entre o tradicional e o novo, e apossar da força que vem de diferentes territórios, com a variedade de culturas, de gêneros, de opções de expressão”.
A programação, além de dar espaço para 152 convidados nacionais e internacionais, também privilegia as manifestações das ruas, dos saraus, da academia e do público leitor.
Nesta edição, as mulheres ocupam um papel de protagonismo: 87 dos 152 convidados são do sexo feminino, o que representa 57%. Além disso, a homenageada deste ano é a escritora mineira Laís Corrêa de Araújo, falecida em 2006 aos 78 anos.
Modernista, ela teve influência no meio literário mineiro e brasileiro, como poeta, ensaísta, crítica, editora do Suplemento Literário de Minas Gerais e titular da coluna Roda gigante, publicada regularmente durante muitos anos no jornal Estado de Minas. Na primeira edição do FLI-BH, o homenageado foi Carlos Drummond de Andrade.