AGRIGENTO, 10 MAI (ANSA) – Nas últimas 24 horas, 2.128 migrantes chegaram à ilha italiana de Lampedusa, informam as autoridades locais nesta segunda-feira (10). Só durante a madrugada, foram quatro embarcações com 635 pessoas – ao todo, foram 20 barcos.
Conforme as informações, os deslocados são de várias nacionalidades e há dezenas de crianças. Durante a manhã, a maior parte deles já foi enviada para centros de acolhimento, sendo que cerca de 200 ainda estão na ilha.
Algumas ONGs informam que há dezenas de pessoas sem alimentos no local, mas a Prefeitura de Agrigento informou que a prioridade para envio aos hot spots está sendo dado para vulneráveis, mulheres e crianças.
Em um tuíte, a porta-voz da Organização Internacional para as Migrações (OIM), Safa Msehlim, informou que “ao menos cinco pessoas, entre as quais uma criança, morreram afogados quando o barco deles virou” durante a perigosa travessia do Mediterrâneo.
“Os sobreviventes foram resgatados por pescadores”, acrescentou.
Segundo os dados do Ministério do Interior, os primeiros 10 dias de maio já estão próximos do recorde do ano, que foi registrado em fevereiro. Em maio, foram 3.881 pessoas que desembarcaram na Itália e, em todo o mês de fevereiro, foram 3.994.
O número ainda é muito superior ao registro do mesmo mês nos último dois anos, quando foram contabilizadas 1.654 entradas em 2020 e 782 em 2019.
Ainda conforme o boletim do Ministério, a maior parte dos que chegaram são pessoas da Tunísia (1.716), seguida por Costa do Marfim (1.292) e Bangladesh (1.216). Guiné, Sudão, Egito, Eritreia, Mali, Argélia e Marrocos fecham as 10 nacionalidades mais comuns. (ANSA).