Mais de 15 mil pessoas poderão morrer se a África do Sul, que depende fortemente do carvão, fechar suas centrais térmicas depois de 2030, informou, nesta terça-feira (24), um ‘think tank’ com sede em Helsinque.

Um novo estudo do Centro de Pesquisa sobre Energia e Ar Limpo (CREA) aponta que este atraso “levaria a uma mortalidade excessiva de 15.300 pessoas, vinculada à poluição atmosférica” e custaria ao país mais de 18 bilhões de dólares (90 bilhões de reais na cotação atual), principalmente em gastos com manutenção.

A África do Sul é um dos 12 países mais poluentes do mundo e o sétimo maior produtor de carvão, aponta o estudo.

O carvão é um pilar da economia sul-africana. Quase 100 mil pessoas trabalham nesse setor, que produz 80% da eletricidade consumida no país, que tem apenas uma usina nuclear.

A África do Sul enfrenta uma crise energética há meses, com cortes de energia programados que duram por vezes até 12 horas por dia. Esta situação reacendeu o debate sobre a transição para fontes de energia mais limpas.

Mas essa transição foi marcada por disputas internas no governo, que se beneficia do apoio dos sindicatos de mineração há muito tempo.

O ministro da Energia, Gwede Mantashe, expressa regularmente o seu apoio ao setor do carvão.

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