Os executivos de 51 das 100 maiores empresas britânicas, as que integram o índice FTSE da Bolsa de Londres, estão entre os 1.300 empresários que pediram nesta quarta-feira o voto a favor da União Europeia (UE).

A saída da UE provocaria “um choque econômico”, afirmam os executivos em uma carta publicada no jornal The Times na véspera do referendo. Entre os signatários estão Richard Branson, do grupo Virgin, e o proprietário da agência de notícias financeiras Bloomberg, o americano Michael Bloomberg, ex-prefeito de Nova York.

“A saída do Reino Unido da UE se traduziria em mais incerteza para nossas empresas, menos comércio com a Europa e menos postos de trabalho”, afirma o texto dos executivos.

As empresas dos signatários da carta têm 1,75 milhão de funcionários.

“A permanência do Reino Unido na UE significaria o contrário: mais certeza, mais comércio e mais emprego. A filiação à UE é boa para as empresas e boa para os empregos britânicos”, afirmam no texto.

“As pequenas empresas e seus funcionários são particularmente vulneráveis a qualquer choque econômico, como o que aconteceria com a saída”.

No outro extremo, 100 proprietários de pequenas empresas publicaram uma carta no tabloide sensacionalista The Sun em que pedem a ruptura com Bruxelas.

“A UE não é mais hoje em dia um acordo comercial. É um projeto destinado a criar uma união política e econômica gigante”, criticam os empresários pró-Brexit.

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