PALERMO, 21 AGO (ANSA) – Pelo menos 38 migrantes testaram positivo para o novo coronavírus (Sars-CoV-2) na ilha italiana de Lampedusa, onde cinco novas embarcações desembarcaram em apenas oito horas entre a madrugada e a manhã desta sexta-feira (21).
“Os nossos profissionais de saúde, a quem nunca deixarei de agradecer pelo que estão fazendo, acabam de me informar que foram identificados em Lampedusa 38 novos migrantes positivos para Covid-19”, informou o governador da Sicília, Nello Musumeci.
Segundo o político italiano, este episódio faz novamente ele não entender a atitude do governo central que, além de não fechar os portos sicilianos, ainda não se pronunciou sobre o pedido da ilha feito há mais de dois meses para declarar estado de emergência.
“O que nos amarga, em particular, é a indiferença para com uma pequena comunidade que, ao longo dos anos, fez dela motivo de viver o sentimento de acolhimento e de sacrifício”, acrescentou.
A declaração é dada no dia em que 276 deslocados internacionais chegaram na Itália pela ilha, que já abriga quase 1,4 mil pessoas em seus centros de registro e acolhimento.
A quantidade de migrantes que chegaram hoje soma-se a outros 250 que desembarcaram em diversos pontos de Lampedusa na quinta-feira (20). A localidade alertou o governo, por diversas vezes, que vive uma situação de emergência.
A maior parte dos estrangeiros, novamente, partiu da Tunísia – que fica a cerca de 100 quilômetros, em linha reta, da ilha italiana. (ANSA)