As autoridades de saúde chinesas registraram 139 novas mortes na província de Hubei neste sábado (noite de sexta-feira no Brasil) por causa da epidemia COVID-19, fazendo com que o número total de vítimas fatais ultrapasse 1.500.

Segundo a Comissão de Saúde da província, epicentro da doença, foram diagnosticados 2.420 novos casos de contaminação, aproximadamente a metade em relação aos relatados no dia anterior.

De acordo com os dados oficiais, pelo menos 1.519 pessoas já morreram na China por causa da epidemia identificada em dezembro na cidade de Wuhan, capital de Hubei.

Mais de 60.000 pessoas já foram contaminadas, com a maioria dos casos concentrada em Hubei, no centro do país.

Os números da epidemia cresceram subitamente nesta semana, depois que as autoridades médicas chinesas decidiram adotar um novo critério na contagem de casos, incluindo apenas pacientes com “diagnóstico clínico”.

Com o grande número de exames laboratoriais complexos ainda em espera, os especialistas perceberam que era necessário agilizar o processo para permitir que mais pessoas começassem a receber tratamento e, portanto, incluíram pacientes diagnosticados através de uma simples radiografia pulmonar.

A medida permitiu oferecer ajuda médica imediata às pessoas com sintomas da doença, mas causou um aumento no número de casos. Na quinta-feira, por exemplo, as estatísticas adicionaram nada menos que 15.000 pacientes à lista de pessoas contaminadas.

Até agora, 1.716 médicos e enfermeiros também foram contaminados e seis deles morreram, disseram as autoridades.

No início desta sexta-feira, as autoridades anunciaram um número total menor de mortes e de casos infectados após revisarem os dados e perceberem que alguns deles estavam duplicados nos relatórios.