O Homo sapiens é muito mais antigo do que se sabia. Na quarta-feira 7, cientistas alemães anunciaram a descoberta do que acreditam ser os mais remotos fósseis de nossa espécie. Os restos, datados em cerca de 300 mil anos, foram encontrados no sítio de Jebel Irhoud, no Marrocos – eles são pelo menos 100 mil anos mais velhos que os vestígios encontrados anteriormente em Omo Kibish, na África, e que até agora eram as mais antigas evidências da espécie humana.

DESCOBERTA Sítio arqueológico no Marrocos e crânio de Homo sapiens de 350 mil anos: espécie mais antiga do que imaginávamos
DESCOBERTA Sítio arqueológico no Marrocos e crânio de Homo sapiens de 350 mil anos: espécie mais antiga do que imaginávamos (Crédito:Divulgação)

Para constatar a diferença de idade e a distância entre os registros fósseis, os pesquisadores do Instituto Alemão Max Planck de Antropologia Evolucionária consideraram os detalhes da anatomia dos fósseis (caixa craniana alongada e cérebro compatível ao dos humanos atuais) e algumas ferramentas de pedra lascada que também foram retiradas do sítio marroquino.
O achado é importante porque pode mudar a compreensão que se tinha sobre o surgimento e evolução do Homo sapiens e de como eles se espalharam pelo planeta – até o momento a crença era a de que o Homo sapiens evoluiu de forma rápida na África, aproximadamente 200 mil anos atrás, se dispersando depois pelo continente e para o resto do mundo. O que o sítio marroquino indica é que esta evolução foi muito mais lenta e espalhada.

O sítio de Jebel Irhoud é conhecido desde os anos 1960, quando os primeiros fósseis e ferramentas de pedra foram encontrados no local. A interpretação na época, porém, era de que os restos eram recentes, com aproximadamente 40 mil anos de idade. É por isso que em 2004 os cientistas retomaram as escavações e entregam agora conclusões revolucionárias sobre as origens de nossa espécie.

60 mil

doses da vacina contra o HPV (papiloma vírus humano) podem ir para o lixo nas próximas semanas. Motivo: falta de procura nos postos de saúde de todo o País. As doses têm vencimento em 30 de junho. Desde 2013, 8,4 milhões de meninas de 9 a 15 anos foram imunizadas com a primeira dose – 70,5% do total na faixa etária. Já o esquema completo (duas doses) foi realizado por apenas 43% do público-alvo.

TECNOLOGIA
O irreal mundo da internet

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Laços líquidos, falsa proximidade. O que é real na internet? As “curtidas” nas redes sociais e os compartilhamentos que movimentam mercados reais também são manipulados. É o que se descobriu na China na semana passada, onde galpões imensos abrigam milhares de smartphones conectados à internet. O objetivo é que os funcionários distribuam likes pela rede para tornar populares conteúdos desconhecidos.

RIO DE JANEIRO
As joias do casal Cabral

A lavanderia de dinheiro sujo preferida do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e da ex-primeira-dama, Adriana Ancelmo, é uma joalheria. A H. Stern delatou mais R$ 4 milhões em 41 joias compradas pelo casal – 66 peças que somam R$ 6,9 milhões já tinham sido listadas. O MP prepara nova denúncia contra eles.

SÍRIA
O rosto da guerra

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O semblante triste do menino sírio ensanguentado e cheio de poeira após o ataque aéreo que matou seu irmão mais velho em Aleppo, no ano passado, comoveu o mundo. Agora, o garoto reapareceu em um vídeo em entrevista a um repórter russo. Em sua vida, Omran Daqneesh só viu guerra. Nasceu em 2011, no mesmo ano em que teve início o conflito que já matou mais de 400 mil pessoas na Síria.

ESPAÇO
O planeta mais quente

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VIOLÊNCIA
Negros e jovens são as principais vítimas de homicídios no Brasil

As estatísticas mudam ano após ano, mas um dado segue imutável: a população negra, jovem e de baixa escolaridade continua totalizando a maior parte das vítimas de homicídios no País. É o que revelou o Atlas da Violência 2017, divulgado na semana passada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Atualmente, de cada 100 pessoas assassinadas no Brasil, 71 são negras. Ainda segundo o estudo, os negros possuem chances 23,5% maiores de serem assassinados em relação a brasileiros de outras raças.